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segunda-feira, 20 de abril de 2009

Mensagem de Páscoa do Papa - em Português

Vídeo legendado em português:



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domingo, 12 de abril de 2009

"Eis que renovo todas as coisas"


Jesus Cristo ressuscitou. Esse é o evento que celebramos neste mês de abril, mês da Páscoa, que é, na verdade, o fato mais importante da História. A maravilhosa história da salvação do homem se completa: o Deus Filho ressurge dos mortos vitorioso, glorificado, vivo em corpo e espírito. Ele percorreu o caminho ao qual todos somos chamados. Ele se fez esse caminho. Assim como Jesus ressuscitou, todos também podemos ressuscitar para a vida eterna. Mas é preciso querer.

Querer seguir o caminho de Jesus para poder, um dia, estar ao seu lado no Paraíso, privilégio concedido primeiramente, vejam só, a um pobre ladrão. Este é o primeiro passo: a vontade. Basta querer e já teremos começado a trilhar o caminho. Muitos dirão que não é um caminho fácil. É longo, árduo, pedregoso, muitas vezes solitário; enquanto o outro caminho - o atalho - é curto, cheio de prazeres e confortos. Sim, pode ser verdade. Mas pensemos: o caminho curto nos leva à escuridão, enquanto no final do caminho longo está Deus. No fim da vida, quem queremos encontrar?

Jesus venceu a morte. O mais difícil, Ele já fez. Depois que decidimos segui-lo, e nos colocamos no caminho, precisamos dar os próximos passos. São passos difíceis, mas se tivermos fé, perceberemos Jesus a nos acompanhar, sentiremos o Espírito a nos fortificar, teremos o Pai a nos proteger.

Quando os apóstolos Pedro e João ouviram a notícia de que o sepulcro onde Jesus fora enterrado estava vazio, eles correram para lá. Corramos também nós para encontrar Cristo, deixemos que ele nos renove, que nos transforme. Vivamos como pessoas ressuscitadas. Deixemos para trás nossas fraquezas, deixemos aquilo que nos prende, deixemos para trás nossos os pecados.

Sejamos homens novos e mulheres novas, seguidores do Cristo vivo. Sejamos fortes, decididos, e sigamos o caminho mostrado por Jesus, combatamos o bom combate de que nos fala São Paulo, armados não de espadas ou fuzis, mas de fé, compaixão, caridade, solidariedade, pureza.

Se formos capazes de trilhar esse caminho, ressuscitaremos para a vida eterna. Assim como Cristo ressuscitou, também nós ressuscitaremos. Na ressurreição, teremos um corpo glorioso, não mais sujeito à fome, às doenças, ao envelhecimento, ao sofrimento e à morte. Será um corpo glorioso que refletirá a glória e a perfeição do Criador.

Não podemos perder essa oportunidade para a qual Jesus nos convida: estar com Ele, com o Pai e o Espírito Santo, para sempre!

Com a ajuda do Cristo Ressuscitado, libertemo-nos de nossos egoísmos, de nossas cobiças, de nossas invejas, de nossas vaidades, de nossos rancores, de nossos falsos orgulhos. Aprendamos a amar, a servir, a adorar nosso Senhor na pessoa de nosso próximo. Aproveitemos esta Quaresma, esta Semana Santa, esta Páscoa. Jesus renova todas as coisas. Deixemos que Ele nos renove também.

sexta-feira, 10 de abril de 2009

Por Amor



Ele é Deus. Assim, pode tudo. Basta uma centelha de vontade, um rápido pensamento, e o mundo inteiro pode mover-se, ou deixar de se mover. Foi assim que Ele transformou água cristalina em vinho. O que não era, passou a ser. Foi assim que cinco pães alimentaram cinco mil homens. O que não bastava, até sobrou. Foi assim que o cego começou a ver. Onde só havia escuridão, a luz penetrou. Foi assim que Ele andou sobre o mar; foi assim que Ele parou uma tempestade. Bastou que Ele quisesse. Ele desejou, e assim se fez. Ele é Deus, pode tudo.

"Se és mesmo o filho de Deus, desce dessa cruz", zombava e desafiava o povo. Ele não podia dar ordens aos ventos, fazer paralíticos andarem, fazer viver o que já estava morto? Então por que estava ali, pregado naquela cruz, com o corpo dilacerado? Ouvindo passivo o rugido da multidão? Que descesse!

Esse é um doloroso mistério da Paixão. O Filho de Deus se fez homem. Ele andou sobre o nosso mundo, do jeito que nós andamos. Pisou o mesmo chão. Tropeçou nas mesmas pedras, lavou-se nas mesmas águas. Alimentou-se do mesmo pão. Sentiu frio, calor, sede, dor. Tudo como nós. Tudo, com exceção do pecado.

Deus se fez homem. Deus se fez carne. E se entregou ao sofrimento como nenhum homem jamais havia feito. Deus se colocou no nosso lugar. Ele se entregou em sacrifício por nós. Ele se fez o Cordeiro de Deus.

Antigamente, os judeus costumavam sacrificar a Deus aquilo que tinham de melhor. Levavam ao Templo o melhor boi, o melhor cordeiro, a melhor parte da colheita, o melhor fruto de seu trabalho para sacrificar a Deus. O objetivo era mostrar ao Pai que podiam se desapegar do melhor que tinham para louvá-Lo e Lhe rogar o perdão dos pecados. Esse é o significado do sacrifício.

Jesus Cristo é o Filho de Deus. Ele próprio se entrega em sacrifício, resgatando os pecados da humanidade inteira. Daí em diante nunca mais será preciso sacrificar bois e ovelhas. O maior de todos os sacrifícios, a maior de todas as oferendas já foi feita.

Agora, nós ainda queremos pecar?

Antes de pecar, então, lembremo-nos. Lembremo-nos de cada uma das 39 chicotadas que Jesus levou. Lembremo-nos que o chicote tinha nove tiras, com pedaços pontudos de ossos em cada uma das nove pontas. Façamos as contas: 39 x 9. Foram 351 golpes cortando a pele, penetrando na carne, arrancando sangue e dor. Pensemos também na coroa de espinhos, forçada sobre o crânio. Lembremo-nos das humilhações, das bofetadas, das pancadas, das cusparadas. Lembremo-nos do peso da trave da cruz, algo perto de 50 quilos, carregados ao longo de mais de meio quilômetro – isso depois das chicotadas, das pancadas e de estar mais de doze horas sem comer nem beber nada.

Não se convenceu ainda? Então pensemos em como deve ser a sensação de ser despido e colocado sobre a cruz, com os braços esticados. Lembremo-nos dos cravos (que mediam quase 20 centímetros) sendo pregados com uma marreta, em cada um dos pulsos e também nos pés. Pensemos em quantos golpes foram necessários para pregar cada cravo na carne e no osso. E depois, pensemos na cruz já erguida sobre o chão. Imaginemos ter todo o nosso peso sustentando em nossas mãos pregadas. Imaginemos não conseguir respirar direito, pois o nosso corpo não tem sustentação para puxar ar suficiente.

Pensemos na sede. A língua presa no céu da boca. O sangue escorrendo por todo o corpo. Imaginemos agora a dor de cada uma das 351 vergastadas, dos ferimentos da cabeça provocados pelos espinhos, dos buracos nos pulsos e nos pés e da cãibra que domina todos os músculos.

Essa pequena descrição não tem a intenção de nos torturar. Apenas quer nos dar uma pequena noção daquilo que Jesus, o Filho de Deus, sofreu, da dor que suportou para nos salvar. Para nos libertar da morte. Para permitir que nós tenhamos acesso ao Reino de Deus. Jesus Cristo se entregou ao sacrifício por nossa causa. Cada golpe que se corpo recebeu , no fim das contas, foi provocado por nós.

Mesmo assim, no auge da dor, ele pediu a Deus que nos perdoasse. Essa é a resposta à grande pergunta. Por quê? Por que o Filho de Deus, que poderia ter feito parar todo esse sofrimento se assim desejasse, aceitou tudo?

Por amor é a resposta. Por amor.

Deus nos ama. Jesus nos ama. Cada pecado nosso é uma ferida em seu corpo, uma chaga em seu coração. É por isso que não devemos pecar. Não por que tenhamos medo do inferno. Mas por amor. Quem ama não quer ver o ser amado sofrendo. Pode um pai ou uma mãe suportar a dor de um filho? Pode um filho agüentar o choro dos pais? Os irmãos não cuidam uns dos outros? Então porque continuamos pecando, se sabemos que são os nossos pecados a razão da crucificação de Jesus?

Procuremos parar de pecar e reconheçamos, sejamos gratos. Acima de tudo, por amor ao Pai, a Jesus.

Afinal, Ele nos amou primeiro.
"O que pode temer o filho nos braços do Pai?"

São Pio de Pietrelcina