Cada homem e cada mulher é chamado a participar ativamente da evangelização. Uma participação passiva já não é mais suficiente: cada um pode e deve contribuir de alguma forma para a construção do Reino de Deus aqui na Terra.
Os movimentos eclesiais são um excelente caminho para aqueles que não são vocacionados ao sacerdócio ou à vida consagrada, mas que podem contribuir para a evangelização; ou seja, para os leigos. Eles são como associações de fiéis, cujo objetivo é a defesa e a promoção dos valores da Igreja. Pode-se dizer que um movimento eclesial é uma forma eficiente de levar, por meio dos fiéis, a ação da Igreja ao mundo.
Desde muitos séculos existem movimentos eclesiais. Na Idade Média eram muito comuns as confrarias. No século XIX eles começaram a se expandir e no século XX, sobretudo a partir do Concílio do Vaticano II, eles se multiplicaram. No Concílio, a Igreja percebeu a importância desses movimentos e decidiu impulsioná-los, incentivando sua criação, ampliando sua liberdade, mas também suas responsabilidades.
No mundo atual, há uma infinidade de movimentos. Alguns são recentes e ainda estão se organizando; outros são antigos e já contam com grande estrutura e o aval do Vaticano. Alguns contam com a participação direta de sacerdotes e de leigos, outros são formados apenas por leigos, mas todos contam com a orientação de padres e bispos. Cada um dos movimentos eclesiais tem uma característica especial, o carisma, buscando cumprir missões específicas. Alguns são mais contemplativos, outros mais ativos. Alguns buscam levar caridade aos pobres, outros procuram enganajar nesse serviço os ricos. Mas todos eles têm algumas coisas em comum: eles servem à Igreja e à comunidade onde estão inseridos, obedecendo ao Papa, aos bispos e aos sacerdotes. Participar de algum desses movimentos, conforme a pessoa se identificar com eles, é uma ótima forma de servir a Cristo e aos irmãos.
Apenas a título de exemplo, citemos alguns movimentos eclesiais (são só alguns: há incontáveis movimentos no mundo inteiro):
Renovação Carismática Católica (RCC), Movimento de Cursilho de Cristandade (MCC), Oficinas de Oração e Vida (TOV), Movimento Regnum Christi, Opus Dei, Focolares, Neocatecumenato, Legião de Maria, Toca de Assis, Movimento Comunhão e Libertação, Emaús, Movimento de Vida Cristã, Ajuda à Igreja que Sofre, Caritas, Sociedade São Vicente de Paulo, Apostolado da Oração, Terço dos Homens, comunidades católicas (Comunidade Canção Nova, Comunidade Shalom, Comunidade Beatitudes, etc) .
"Hoje, a Igreja alegra-se ao constatar o renovado cumprimento das palavras do profeta Joel, que há pouco escutámos: 'Derramarei o Meu Espírito sobre toda a criatura...' (Act 2, 17). Vós aqui presentes sois a prova palpável desta 'efusão' do Espírito. Cada movimento difere do outro, mas todos estão unidos na mesma comunhão e para a mesma missão. Alguns carismas suscitados pelo Espírito irrompem como vento impetuoso, que arrebata e atrai as pessoas para novos caminhos de empenho missionário ao serviço radical do Evangelho, proclamando sem temor as verdades da fé, acolhendo como dom o fluxo vivo da tradição e suscitando em cada um o ardente desejo da santidade."
trecho do Discurso do Papa João Paulo II aos participantes do Congresso Mundial dos Movimentos Eclesiais - Roma, 1998.
Nosso próximo verbete: A Renovação Carismática Católica (RCC).
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