A história dos Juizes está situada entre 1200 a 1020 antes de Cristo. Os juízes governaram o povo hebreu desde a época da morte de Josué até o início da monarquia. Foi um tempo cheio de dificuldades, com a continuação da conquista da Terra Prometida. Durante todo esse tempo, as tribos são governadas por chefes que tem um cargo vitalício, geralmente chamados de juízes menores. Quando surgem grandes dificuldades, aparecem chefes carismáticos, chamados de juízes maiores, os quais unem e lideram as tribos na luta contra os inimigos.
Canaan, a Terra Prometida, é uma região de contrastes, com montanhas geladas ao norte e, mais ao sul, praias mediterrâneas com temperaturas bem mais elevadas e extensos desertos que se perdem rumo ao Egito. Já as proximidades do Mar Morto se encontram numa depressão de cerca de quatrocentos metros abaixo do nível do mar Mediterrâneo. O Mar Morto atualmente possui uma área de 1050 quilômetros quadrados, pouco menor do que o município de Santo Antônio do Monte. Na antiguidade, entretanto, ele era um mar bem mais extenso. Somente nos últimos cinqüenta anos, foi constatada a perda de mais de um terço de sua superfície. Nos tempos do Antigo Testamento, ele foi chamado de Mar Salgado, de Mar Oriental e também de Mar de Arabá. Já o Mar da Galiléia, que é alimentado pelas águas do Rio Jordão, possui cerca de treze quilômetros de largura e atinge até dezenove quilômetros de comprimento. Este mar, na realidade, é um imenso lago de água doce. Ele também está há mais de duzentos metros abaixo do nível do mar. Em suas proximidades encontram-se terras férteis que formam belas paisagens.
Mais ao norte das terras de Canaan, fica uma região repleta de colinas e de montes mais elevados. Um planalto inabitável, hoje chamado de Colinas de Golan, fica nesse local, sendo formado por montanhas que permanecem cobertas de neve constantemente. Nas terras mais baixas, como nas proximidades do Mar da Galiléia, o clima é úmido e aí ocorrem muitas chuvas. Em contraste, as terras do sul são mais secas, em alguns pontos extremamente áridas, embora também sejam montanhosas. Nas terras que futuramente seriam a Samaria e parte da Judéia, existe um verdadeiro mosaico de colinas entremeadas por vales férteis, propícios ao cultivo de vários tipos de plantas, especialmente oliveiras. A vegetação nativa era constituída de florestas em alguns locais, nas quais podiam ser encontrados desde carvalhos até madressilvas e plátanos nas margens dos córregos. Já as tamareiras podiam ser encontradas em quase toda parte! Vários tipos de flores silvestres podiam ser admiradas nas colinas e planícies, como ciclames e margaridas, nas quais mais de cem variedades de borboletas brincavam nos dias de primavera! Pássaros diversos, como rouxinóis, falcões, gaviões e até mesmo pintassilgos, são típicos dos céus de Canaan. Pelas colinas e bosques podiam ser encontradas gazelas e raposas, gatos do mato e cabras selvagens, dentre outros vários animais.
É interessante observar que, nas terras de Canaan, em poucos minutos é possível passar de campos férteis e úmidos a desertos secos e desolados, ou então de montanhas e colinas a planícies e vales verdejantes. Naturalmente, naqueles tempos em que os únicos meios de transporte eram a pé ou a cavalo, isso não podia ser feito em poucos minutos, mas em horas e dias!
Os hebreus, ao chegar à Terra Prometida, encontraram ainda um clima que variava entre o temperado e o tropical, com a ocorrência de um inverno chuvoso, de novembro a maio, e de um verão seco nos meses restantes. Dependendo do local, é claro, as diferenças são bem marcantes no que se refere à quantidade de chuvas, de calor ou de frio.
E foi naquelas terras distantes, tão diferentes das paisagens brasileiras a que estamos acostumados, que o povo de Deus chegou para se estabelecer e lutar arduamente na construção de sua nação.
A grande dificuldade enfrentada pelos juízes no governo do povo era a infidelidade a Deus por parte deste mesmo povo, que muitas vezes se voltava para o culto aos deuses pagãos. Os povos que viviam naquelas terras, desde tempos imemoriais, tinham seus próprios deuses e a eles prestavam cultos muitas vezes cruentos, isto é, com sacrifícios de crianças. O povo de Deus, muitas vezes, rebelou-se e começou a prestar culto àqueles deuses, numa atitude de infidelidade aos mandamentos do Senhor. Outra dificuldade para os hebreus era enfrentar e vencer os povos cananeus que ainda resistiam.
Canaan, a Terra Prometida, é uma região de contrastes, com montanhas geladas ao norte e, mais ao sul, praias mediterrâneas com temperaturas bem mais elevadas e extensos desertos que se perdem rumo ao Egito. Já as proximidades do Mar Morto se encontram numa depressão de cerca de quatrocentos metros abaixo do nível do mar Mediterrâneo. O Mar Morto atualmente possui uma área de 1050 quilômetros quadrados, pouco menor do que o município de Santo Antônio do Monte. Na antiguidade, entretanto, ele era um mar bem mais extenso. Somente nos últimos cinqüenta anos, foi constatada a perda de mais de um terço de sua superfície. Nos tempos do Antigo Testamento, ele foi chamado de Mar Salgado, de Mar Oriental e também de Mar de Arabá. Já o Mar da Galiléia, que é alimentado pelas águas do Rio Jordão, possui cerca de treze quilômetros de largura e atinge até dezenove quilômetros de comprimento. Este mar, na realidade, é um imenso lago de água doce. Ele também está há mais de duzentos metros abaixo do nível do mar. Em suas proximidades encontram-se terras férteis que formam belas paisagens.
Mais ao norte das terras de Canaan, fica uma região repleta de colinas e de montes mais elevados. Um planalto inabitável, hoje chamado de Colinas de Golan, fica nesse local, sendo formado por montanhas que permanecem cobertas de neve constantemente. Nas terras mais baixas, como nas proximidades do Mar da Galiléia, o clima é úmido e aí ocorrem muitas chuvas. Em contraste, as terras do sul são mais secas, em alguns pontos extremamente áridas, embora também sejam montanhosas. Nas terras que futuramente seriam a Samaria e parte da Judéia, existe um verdadeiro mosaico de colinas entremeadas por vales férteis, propícios ao cultivo de vários tipos de plantas, especialmente oliveiras. A vegetação nativa era constituída de florestas em alguns locais, nas quais podiam ser encontrados desde carvalhos até madressilvas e plátanos nas margens dos córregos. Já as tamareiras podiam ser encontradas em quase toda parte! Vários tipos de flores silvestres podiam ser admiradas nas colinas e planícies, como ciclames e margaridas, nas quais mais de cem variedades de borboletas brincavam nos dias de primavera! Pássaros diversos, como rouxinóis, falcões, gaviões e até mesmo pintassilgos, são típicos dos céus de Canaan. Pelas colinas e bosques podiam ser encontradas gazelas e raposas, gatos do mato e cabras selvagens, dentre outros vários animais.
É interessante observar que, nas terras de Canaan, em poucos minutos é possível passar de campos férteis e úmidos a desertos secos e desolados, ou então de montanhas e colinas a planícies e vales verdejantes. Naturalmente, naqueles tempos em que os únicos meios de transporte eram a pé ou a cavalo, isso não podia ser feito em poucos minutos, mas em horas e dias!
Os hebreus, ao chegar à Terra Prometida, encontraram ainda um clima que variava entre o temperado e o tropical, com a ocorrência de um inverno chuvoso, de novembro a maio, e de um verão seco nos meses restantes. Dependendo do local, é claro, as diferenças são bem marcantes no que se refere à quantidade de chuvas, de calor ou de frio.
E foi naquelas terras distantes, tão diferentes das paisagens brasileiras a que estamos acostumados, que o povo de Deus chegou para se estabelecer e lutar arduamente na construção de sua nação.
A grande dificuldade enfrentada pelos juízes no governo do povo era a infidelidade a Deus por parte deste mesmo povo, que muitas vezes se voltava para o culto aos deuses pagãos. Os povos que viviam naquelas terras, desde tempos imemoriais, tinham seus próprios deuses e a eles prestavam cultos muitas vezes cruentos, isto é, com sacrifícios de crianças. O povo de Deus, muitas vezes, rebelou-se e começou a prestar culto àqueles deuses, numa atitude de infidelidade aos mandamentos do Senhor. Outra dificuldade para os hebreus era enfrentar e vencer os povos cananeus que ainda resistiam.
Os juízes menores são: Samgar, Tola, Jair, Abesã, Elon e Abdon. Os juízes maiores são: Otoniel, Aod, Débora e Barac, Gedeão, Jefté e Sansão. Dos mais conhecidos, destacamos as seguintes histórias:
Débora conseguiu a vitória sobre os reis cananeus que habitavam as terras centrais e, assim, possibilitou a união entre as tribos do norte e as do sul. Gedeão, que a princípio relutou em assumir a liderança dos hebreus, tentou reorganizar o povo e conseguiu vencer os reis de Madiã. Sansão lutou contra os filisteus, que haviam se estabelecido na região costeira e se tornaram uma ameaça séria ao sistema tribal. Em meio a uma história de amor por Dalila, Sansão foi entregue aos filisteus e acabou sendo morto.
O tempo dos juízes termina com o início das atividades do profeta Samuel, considerado o último dos Juízes. Foi com Samuel que começou a monarquia em Israel. Segundo alguns estudiosos, talvez o livro dos Juízes tenha sido escrito pelo próprio Samuel; já outros afirmam que este livro foi escrito durante o exílio na Babilônia e que seu autor é desconhecido.
Para conhecer mais detalhes, leia o Livro dos Juízes.
Nilson Antônio da Silva
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