sexta-feira, 11 de julho de 2008

Os Ídolos no Pós-Moderno

Publicado originalmente em:


O nosso mundo pós-moderno está esquematizado pelo materialismo, capitalismo, hedonismo, relativismo, humanismo secular e eles não são sensíveis a salutar Boa Nova de Cristo.

A nossa era está fascinada, seduzida por novos ídolos, deuses e magias. A neo-engenharia religiosa é canalizada pela satisfação holística da matéria. Segue uma fina liturgia do corpo com os dogmas da luxúria, da ciência e da tecnologia.

Os pós-modernos procuram ficar de bem de corpo e alma com seus livros sagrados da ecologia, do hedonismo, da ciência e da Nova Era. O seu mundo está conectado com a cabeça cheia abelhas, o coração lotado de cobras, o estômago tomado de gatos e macacos e a alma de elefantes.

Vivemos a degradação do ecossistema como também a degradação moral do corpo. Muitos rejeitam a purificação pelo sangue do cordeiro imaculado. A dignidade humana é pisoteada pelo individualismo exacerbado.

Os pós-modernos que vivem dentro desse contexto estão por demais poluídos de egoísmo e ganância. A sua teologia chama-se: prosperidade. A adoração ao seu deus é realizada com a ostentação de imóveis, dinheiro, poder e luxúria.

O louvor ao corifeu, ao templo, ao sistema neo-religoso, aos adoradores teatrais é o gospel romântico e sensual. Para o louvor barulhento, segue os novos tambores de baal, das bandas, da música eletrônica e das cópias piratas das músicas mundanas.

Hoje como nunca, vivemos o tempo da grande manipulação, alienação e dominação dos novos cultos na pós-modernidade.

Os clones são aberrações do original deformado. Mutantes sem destino, sem futuro e sem biocelestial. O prazer e a destruição estão sempre na ideologia do presente. Quando passa disso o lucro já é demais.

Por que os que seguem os conceitos do mundo pós-moderno são infelizes na vida sentimental, conjugal, familiar, profissional, neo-religiosa e emocional? Porque conceberam os fundamentos do transgênicos.

É com a mesma velocidade do trem bala, do ônibus espacial e da internet que se acaba o relacionamento pessoal e institucional. Com o progresso da ciência e o avanço da tecnologia se cava mais rápido e mais linda sepultura em ricos cemitérios.

Humanismo Secular

Na História das Religiões tomamos conhecimento de falsos deuses e um monte de ídolos. Imaginamos estátuas estranhas em um templo repleto de pessoas ainda mais esquisitas, fanáticas e dominadas por demônios. Todavia, falsos deuses obrigatoriamente não estão relacionados às estátuas, templos, revelações ou culturas longínquas. Por exemplo, o humanismo secular é uma religião que se inclina ao culto do “ego” de cada um sem estátuas, sem livro divino e nem templos. As pessoas praticantes desse culto não se mostram primitivas, ao contrário, possuem geralmente hábitos requintados.

O humanista é aquele que se orienta expressamente por uma perspectiva antropocêntrica. O humanismo secular é aquele que possui um conjunto de crenças e valores inteiramente não-religiosos, assumindo uma postura anti-teísta e anti-sobrenaturalista, ou seja, transcendental.

O humanismo secular adora uma extensa variedade de ídolos, como os que idolatram o sexo, o dinheiro, o prazer, a ostentação da força, o poder militar, a ciência e a tecnologia, o capitalismo, o comunismo, o relativismo, etc...

É muito fácil nos envolvermos neste culto tão atual e poderosamente sedutor. Se cairmos nessa armadilha, seguiremos o caminho de todos os adoradores de deuses falsos: seremos escravizados pelo diabo e seus anjos e então nos tornaremos vazios e condenados tal como são todas as formas de ídolos e deuses seculares e religiosos.

Conclusão O ser humano tem uma capacidade tremenda tanto para o bem quanto para o mal. È capaz de construir as sete maravilhas do mundo antigo e moderno, compor músicas inesquecíveis, obras de artes imortais, livros magistrais, caminhar na lua, transportar coração de um corpo para o outro, criar novos programas para o computador, TV digital e fabricar Airbus modelo 380, maior avião comercial de passageiros de todos os tempos, com capacidade para 845 pessoas. No entanto, a mesma capacidade tem para adorar: ratos, cobras, vacas, elefantes, estátuas, gurus, profetas, demônios, etc...

“Até o pardal encontrou casa, e a andorinha um ninho para si, onde põe seus filhotes: junto dos teus altares, Senhor dos Exércitos, Rei meu e Deus meu!” (Sl 84,4).

Em que altar você vai encontrar para adorar com amor eterno o único Deus verdadeiro?

Pe. Inácio José do Vale
Pároco da Paróquia São Paulo Apóstolo
Professor de História da Igreja
Data Publicação: 22/04/2008

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