Originalmente publicado no Jornal Partilhando em Maio/2006 - edição 14
Trabalhar é um dever e um direito de todos os homens e mulheres. A todos deve ser possível obter um trabalho seguro e honesto, sem discriminações injustas, respeitando a livre iniciativa econômica e uma justa retribuição. São Paulo afirmou: "quem não trabalhar também não há de comer" (2Ts 3,10). Por isso, os trabalhaodres devem realizar seu trabalho com consciência, competência e dedicação.
Por vezes o trabalho pode ser penoso, mas ele "honra os dons do Criador e os talentos recebidos. Suportando a pena do trabalho unido a Jesus, o artesão de Nazaré e o Crucificado do Calvário, o homem colabora de certa maneira com o Filho de Deus na sua obra redentora. Mostra-se o discípulo de Cristo carregando a cruz a cada dia, na atividade que está chamado a realizar. O trabalho pode ser um meio de santificação". (Catecismo da Igreja Católica, cânon 2427).
Com o trabalho o homem se sente útil, identifica-se com o próprio Cristo que veio servir, apesar de ser Deus. No serviço, na ajuda ao próximo, na doação de si mesmo, no uso dos dons que o Senhor nos deu, estaremos reproduzindo os talentos que gratuitamente nos foram dados pelo Senhor.
Quando nos lamentamos em relação ao nosso trabalho em si, ao valor do salário, em relação às tarefas espinhosas que nos são impostas, ou quando murmuramos sobre nossos colegas de trabalho, muitas vezes geramos uma inaceitação daquilo que é justamente uma forma de servirmos e de colaborarmos para o aprimoramento da sociedade em que vivemos.
Em outras ocasiões, colocamos todas as nossas esperanças de vida, expectativas e anseios no fruto que advirá de nosso labor e aí o trabalho tem invertida a sua finalidade, porque passamos a ser verdadeiros escravos de nossas atividades, comprometendo nossa disponibilidade de tempo, nossa família e o tempo que devemos dar a Deus. Trabalhemos para Deus, não para nós.
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