Em Haran, certo dia, Deus disse a Abrão: "Sai da tua terra e da casa de teu pai e vai para a terra que eu te mostrar. Em ti serão abençoadas todas as nações da terra". Obedecendo ao Senhor, ele, sua mulher Sarai e seu sobrinho Ló saíram e foram para a terra de Canaan, na Palestina, onde hoje se encontra o Estado de Israel. Lá chegando, Abrão ergueu uma tenda debaixo do carvalho de Mambré, em Siquém, onde passou a morar. Certo dia, apareceu-lhe o anjo do Senhor, dizendo-lhe: “Darei esta terra aos teus descendentes.” Depois de certo tempo, Abrão partiu rumo ao sul, indo morar num local entre Betel e Ai. Nesse local ele se estabeleceu com suas tendas e também aí ergueu um altar a Deus. Passado algum tempo, ele novamente rumou para o sul, talvez até Salém. Entretanto, a Bíblia não menciona claramente onde ele teria se estabelecido dessa vez, mas apenas diz que havia fome naquele lugar. Por essa razão, Abrão e todo o seu acampamento se retirou para o Egito. Algum tempo depois, o patriarca e sua família retornaram a Canaan, para o local onde estiveram antes da ida para as terras do faraó, isto é, possivelmente nas proximidades de Salém. Aí Abrão tornou-se um homem rico, possuidor de grandes rebanhos e também ouro e prata. Depois disso, ele retornou para Betel. E foi então que ele e Ló resolveram se separar, pois começaram a surgir várias contendas entre os pastores que cuidavam do imenso rebanho que ambos tinham formado. Para evitar desavenças com Ló, Abrão achou mais prudente que se separassem e cada um cuidaria de seu próprio rebanho. Para isso, Abrão permitiu que Ló escolhesse a planície que quisesse para se estabelecer com seus rebanhos. Ele, então, escolheu a planície do Rio Jordão, na região das cidades de Sodoma e Gomorra. E Abraão permaneceu nas terras de Canaan.
Certa vez, aquela terra foi invadida por estrangeiros, que saquearam as cidades e causaram muita destruição. Então, Abrão reuniu 318 servos e, à frente deles, perseguiu e conseguiu vencer os inimigos em batalha. Destes, os últimos a serem vencidos foram os reis de Sodoma e de Gomorra. Estes haviam capturado Ló e, em Sidim, foram derrotados. Então, ele libertou seu sobrinho e também o povo de Sodoma. Regressando para casa, passou por Salém (a atual Jerusalém), onde se encontrou com Melquisedec, sacerdote do Deus Altíssimo. Este sacerdote é apresentado como aquele que não tem nem começo nem fim, ou seja, ele é eterno. Daí ser visto como figura do sacerdócio eterno de Jesus Cristo. E foi ali, em Salém, que o patriarca apresentou ao sacerdote o dízimo dos despojos da guerra. Após essas vitórias, Abrão passou a ser visto e temido como líder militar pelo povo e pelos reis da região. Suas batalhas e conquistas ficaram conhecidas por todos que moravam naquelas terras, o que fez dele um homem respeitado.
Vale ressaltar a intervenção de Abrão em favor das cidades de Sodoma e Gomorra, as quais estavam para ser destruídas pela ira de Deus por causa dos muitos pecados que lá eram praticados. O patriarca, cheio de confiança e demonstrando uma total amizade e familiaridade com Deus, argumenta, insiste e tenta convencer o Senhor a não destruir aquelas cidades. Deus escuta os apelos dele e, somente não as poupa porque realmente não havia nenhum justo nelas! É notável a paciência de Deus diante da insistência de Abraão!
Nos tempos de Abraão, provavelmente as duas cidades já não eram habitadas havia muito tempo. De fato, até hoje não foram encontradas as ruínas que comprovadamente tenham sido de Sodoma e Gomorra. Porém, o belo e grande significado da narrativa sobre a destruição está no momento em que o patriarca intercede em favor da população pecadora de ambas, numa clara demonstração da fragilidade e confiança humanas diante da justiça e misericórdia divinas. Este sentido foi exposto de forma magnífica pelo hagiógrafo!
Mais uma vez, Deus disse a Abrão: "Levanta os olhos e conta, se podes, as estrelas do céu! A tua descendência será tão numerosa como elas". Abrão acreditou e teve fé em Deus e, passados muitos anos, novamente o Senhor Deus lhe apareceu, dizendo: “Daqui um ano retornarei à tua casa, e tua mulher já terá tido um filho.” E disse ainda: “Daqui em diante não te chamarás Abrão, mas sim Abraão, porque te destinei para pai de muitos povos. Para o futuro, não chamarás a tua mulher de Sarai, mas de Sara. Eu a abençoarei e ela terá um filho ao qual chamarás Isaac. Concluirei com ele uma aliança perpétua em favor da sua posterioridade”. Assim, já na velhice, Sara deu à luz Isaac. E a promessa de Deus a Abraão foi cumprida.
Na próxima semana continua a história de Abraão, dando ênfase ao nascimento de Isaac e à prova por que o patriarca passou!
Nilson Antônio da Silva
Certa vez, aquela terra foi invadida por estrangeiros, que saquearam as cidades e causaram muita destruição. Então, Abrão reuniu 318 servos e, à frente deles, perseguiu e conseguiu vencer os inimigos em batalha. Destes, os últimos a serem vencidos foram os reis de Sodoma e de Gomorra. Estes haviam capturado Ló e, em Sidim, foram derrotados. Então, ele libertou seu sobrinho e também o povo de Sodoma. Regressando para casa, passou por Salém (a atual Jerusalém), onde se encontrou com Melquisedec, sacerdote do Deus Altíssimo. Este sacerdote é apresentado como aquele que não tem nem começo nem fim, ou seja, ele é eterno. Daí ser visto como figura do sacerdócio eterno de Jesus Cristo. E foi ali, em Salém, que o patriarca apresentou ao sacerdote o dízimo dos despojos da guerra. Após essas vitórias, Abrão passou a ser visto e temido como líder militar pelo povo e pelos reis da região. Suas batalhas e conquistas ficaram conhecidas por todos que moravam naquelas terras, o que fez dele um homem respeitado.
Vale ressaltar a intervenção de Abrão em favor das cidades de Sodoma e Gomorra, as quais estavam para ser destruídas pela ira de Deus por causa dos muitos pecados que lá eram praticados. O patriarca, cheio de confiança e demonstrando uma total amizade e familiaridade com Deus, argumenta, insiste e tenta convencer o Senhor a não destruir aquelas cidades. Deus escuta os apelos dele e, somente não as poupa porque realmente não havia nenhum justo nelas! É notável a paciência de Deus diante da insistência de Abraão!
Nos tempos de Abraão, provavelmente as duas cidades já não eram habitadas havia muito tempo. De fato, até hoje não foram encontradas as ruínas que comprovadamente tenham sido de Sodoma e Gomorra. Porém, o belo e grande significado da narrativa sobre a destruição está no momento em que o patriarca intercede em favor da população pecadora de ambas, numa clara demonstração da fragilidade e confiança humanas diante da justiça e misericórdia divinas. Este sentido foi exposto de forma magnífica pelo hagiógrafo!
Mais uma vez, Deus disse a Abrão: "Levanta os olhos e conta, se podes, as estrelas do céu! A tua descendência será tão numerosa como elas". Abrão acreditou e teve fé em Deus e, passados muitos anos, novamente o Senhor Deus lhe apareceu, dizendo: “Daqui um ano retornarei à tua casa, e tua mulher já terá tido um filho.” E disse ainda: “Daqui em diante não te chamarás Abrão, mas sim Abraão, porque te destinei para pai de muitos povos. Para o futuro, não chamarás a tua mulher de Sarai, mas de Sara. Eu a abençoarei e ela terá um filho ao qual chamarás Isaac. Concluirei com ele uma aliança perpétua em favor da sua posterioridade”. Assim, já na velhice, Sara deu à luz Isaac. E a promessa de Deus a Abraão foi cumprida.
Na próxima semana continua a história de Abraão, dando ênfase ao nascimento de Isaac e à prova por que o patriarca passou!
Nilson Antônio da Silva
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