Os defensores do aborto não gostam nem um pouco de Marcela de Jesus Ferreira. Em artigo publicado na revista Veja desta semana, o colunista André Petry, que costuma se posicionar freqüentemente contra o que a Igreja Católica defende e a favor do que ela condena, fez um "alerta". Ele disse que, no julgamento do STF a respeito do aborto de anencefálicos, o caso de Marcela seria usado pelos católicos e chamou isso de "ardil".
E não terá sido o próprio colunista que tentou montar um ardil? Na prática, ele disse: "eles vão argumentar desse jeitoe por isso não acredite neles". O contra-argumento dele? Não havia nenhum.
Petry tentou dizer que Marcela era só uma exceção e, sendo assim, seu caso deveria ser desprezado. Mas, em ciência, não há exceções: ou os anencéfalos não podem viver, ou podem. Se o clichê repetido mil vezes é de que não podem, mas um (basta um) vive por dois anos, o argumento foi por água abaixo. E Marcela não é a única.
Petry chega ao ponto de dizer que Marcela não era anencéfala, pois tinha parte do cérebro. Ele só não informa que essa é a situação mais comum: dificilmente uma criança anencéfala nasce sem cérebro. Ela nasce sem parte dele.
O fato de Marcela ter vivido por quase dois anos é um acinte para aqueles que defendem o aborto. Um acinte da natureza, que não se comporta como eles esperam. Um acinte da humanidade, que é mais forte do que eles esperam. A força e a fé de Cacilda, Mãe de Marcela, constituem um insulto a eles.
Marcela é, sim, a prova de que os anencefálicos podem viver. Não há rabugisse pseudo-iluminista que consiga obscurecer isso.
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