Devemos manter a fé - e eu a mantenho. Mas há certas coisas que entristecem. O mundo em que vivemos está cada vez mais afastado de Deus, e se esforça para que esse afastamento ocorra cada vez mais rápido. Que Deus tenha misericórdia de nós.
No meu trabalho, percebo com clareza uma forte hostilidade contra a Igreja e contra o catolicismo. Somos vistos não apenas como atrasados, mas como uma força que quer atrasar o mundo, que quer o mal das pessoas. Por exemplo: os católicos querem o mal das pessoas porque querem que as mulheres morram ao abortar clandestinamente; querem impedir os homossexuais de viverem de forma plena e feliz a sua sexualidade; querem forçar as mulheres ao supremo sofrimento de gestar um bebê "sem cérebro"; querem espalhar as doenças sexualmente transmissíveis, preferencialmente a AIDS, proibindo o uso de camisinha; querem banir do mundo as maravilhas do prazer sexual livre. E por aí vai. Como estou em minoria, resta-me o silêncio ou a discussão inócua, pois não é possível argumentar com quem não se importa na verdade com os objetos da discussão (aborto, homossexualidade, preservativos, etc), mas com um dos lados dessa discussão: o Catolicismo. Para eles, não importa qual seja a posição da Igreja, mas sim a Igreja, e ela, por ser Igreja, estará sempre errada e defendendo o mal.
Vejo nas aulas de segundo grau a mesma coisa: ao professor não interessa propriamente dar aula, mas doutrinar os alunos e fazê-los odiar a Igreja, e, de forma mais ampla, as religiões. Quem reprimia revoltas camponesas na Idade Média? A Igreja. Quem defendia a idéia de que a sociedade deveria ter senhores ricos e servos explorados? A Igreja. Quem sempre esteve do lado do poder? A Igreja.
Se posso ser muito sincero, como dói ouvir essas coisas o tempo todo. Como me custa ser paciente com isso.
A impressão que tenho é de que, em poucas décadas, estaremos nós, os católicos, nos escondendo novamente nas catacumbas. Pode ser que essa impressão seja fruto dos ambientes hostis em que vivo, sei lá, 80% do meu tempo todos os dias. Mas quando me lembro das perseguições do tempo da revolução francesa, e, vindo para mais recente, das perseguições da revolução mexicana e dos países comunistas... Em muitos lugares já começaram a proibir o uso de símbolos religiosos em público. Não acho que isso vá demorar a chegar ao Brasil. O STF está se empenhando por liberar, pouco a pouco, o aborto. Há por aí essas discussões sobre o Nossa Senhora Aparecida ser padroeira do Brasil, sobre haver crucifixos em locais públicos. A diferença entre o Estado não adotar nenhuma religião e ele começar a persegui-las é mínima. Basta um passo.
Rezo a Deus para que isso jamais aconteça. E sei que, mesmo se vier a acontecer, a Igreja não pode ser derrotada. Mas ver Deus e sua Igreja serem atacados assim me entristece.
Que Deus nos dê força e sabedoria para lutar bem contra isso. E que aqueles que nos perseguem percebam o mal que estão fazendo. Que Jesus entre em seus corações.
Um comentário:
Olá!
Ao ler seu post, percebi que não sou a única a sentir isso. é muito triste mesmo o que tem acontecido e como a Igreja tem sido perseguida. Mas devemos lembrar a promessa que Jesus fez a Pedro: "Sobre esta pedra edificarei a Minha Igreja e as portas do inferno não prevalecerão contra ela".
Mas, Ele nunca disse que seria fácil, assim como não foi nada fácil para os primeiros cristãos. Assim, convido-o, meu amigo Moisés, a levantar-se a cada dia. Em orações por esses que, com palavras, discussões ou deboches te perseguem. Se hoje somos perseguidos psicoológicamente, pode mesmo acontecer de virmos a ser fisicamente, como você bem lembrou do início da Igreja nas Catacumbas.
Sejamos fortes! Unamo-nos a Bento XVI e rezemos por ele, para que nos dirija por obra do Espírito Santo.
Vem muita batalha por aí, mas "aquele que perseverar até o fim, será salvo"!!!!!
Abraços fraternos
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