sábado, 28 de junho de 2008

Os Quatro Amores - C.S. Lewis

Os Quatro Amores é um belo livro, escrito por C.S. Lewis.
Fala do amor cristão, do amor sincero, da felicidade e da doação.

Seguem abaixo breves trechos:

" 'Deus é amor', diz o apóstolo João...
...Estava certo de poder dizer que o amor humano só merecia ser assim chamado naquilo em que se assemelhava àquele Amor que é Deus..."

"Não vamos cometer aqui qualquer engano. Nossos amores-Doação são realmente divinos; e entre os mais divinos estão aqueles mais ilimitados e incansáveis na sua entrega. Tudo que os poetas apregoam sobre eles é verdade. Sua alegria, animação, paciência, prontidão em perdoar, querer o bem do ser amado - tudo isto é uma imagem da vida divina real, praticamente adorável. Na sua presença estamos certos em agradecer a Deus 'que deu tal poder aos homens'. Podemos dizer, com sinceridade e num sentido inteligível, que os que muito amam estão 'próximos' de Deus. "

"Os amores humanos podem ser imagens gloriosas do amor divino. Nada menos que isso, mas também nada mais - proximidades de semelhança que de um lado podem ajudar, mas de outro servir de impedimento, proximidade de abordagem. Algumas vezes talvez não tenham muito a ver com ela de modo algum..."

"...O amor-Necessidade clama a Deus de nossa pobreza; o amor-Doação deseja servir ou mesmo sofrer por Deus; o amor Apreciativo exclama: 'Nós te damos graças por tua glória'. O amor-Necessidade diz a respeito de uma mulher: 'Não posso viver sem ela'; o amor-Doação anseia por fazê-la feliz, dar-lhe conforto e proteção - e, se possível, riqueza; o amor Apreciativo contempla e prende a respiração, fica em silêncio e se rejubila de que tal maravilha possa existir, mesmo que não seja para ele; não ficará inteiramente deprimido se a perder, pois prefere isso a jamais tê-la visto..."

"A Afeição como já disse é o amor mais humilde. Não se dá ares. As pessoas podem mostrar-se orgulhosas por estar enamoradas ou por causa de uma amizade. A Afeição é modesta - até mesmo tímida e envergonhada. Certa vez quando comentei sobre a afeição que se observa com freqüência entre cão e gato, um amigo replicou: 'É verdade. Mas aposto que nenhum cão iria confessar isso a outro'. Esse é pelo menos um bom exemplo de grande parte da afeição humana..."

"Os amantes estão sempre falando um com outro sobre o seu amor; os amigos quase nunca falam de sua amizade. Os amantes no geral ficam se olhando, mutuamente absorvidos; os amigos, lado a lado, absorvidos em algum interesse comum. Acima de tudo, Eros (enquanto dura) fica necessariamente apenas entre duas pessoas. Mas dois, longe de ser o número necessário para a Amizade, não é nem sequer o melhor. "

"O Cristo que disse aos discípulos 'Vocês não escolheram a Mim! Eu é que escolhi vocês!' pode dizer a todo grupo de amigos cristãos: 'Vocês não se escolheram uns aos outros, mas Eu os escolhi uns para os outros'. A Amizade não é uma recompensa de nosso bom gosto e discriminação, mas o instrumento através do qual Deus revela a cada um as qualidades de todos os demais."

"Sem Eros, o desejo sexual como qualquer outro desejo é um fato sobre nós mesmos. Dentro de Eros ele é um fato a respeito do ser amado, tornando-se quase um método de percepção e inteiramente um modo de expressão. Sente-se objetivo, algo fora de nós no mundo real. Essa a razão pela qual Eros, embora seja o rei dos prazeres, sempre (em seu auge) tem a atitude de considerar o prazer como um subproduto".

"Deus, que de nada precisa, faz existir pelo amor criaturas inteiramente supérfluas a fim de que possa amá-las e aperfeiçoá-las."


Sentiu-se interessado? Com certeza.
Leia o livro completo e comente.

Um comentário:

Anônimo disse...

Eu quero este livro! Parece ser ótimo!
Kátia

"O que pode temer o filho nos braços do Pai?"

São Pio de Pietrelcina