quinta-feira, 3 de julho de 2008

Hoje é dia de São Tomé

Do site www.acidigital.com

São Tomé era israelita e foi um dos doze apóstolos de Jesus. Seu nome costa na lista dos quatro evangelistas. Esse apóstolo a quem obstinadamente fazemos a injustiça de chamá-lo incrédulo, se despede do Evangelho com breve e alto grito de fé " Meu Senhor e meu Deus!" Ninguém até aquele momento, nem mesmo Pedro e João, havia pronunciado a palavra Deus dirigindo-se a Jesus. Ao titubeante e sofredor Tomé e à sua necessidade interior de clareza devemos as confortáveis palavras de Cristo, epílogo do Evangelho e ponto de força para os futuros crentes: "Porque me viste, Tomé, creste. Felizes os que não viram e creram". A incredulidade de Tomé, como também as negações de Pedro, foram as conseqüências do amor e da dor, e por isso foram transformadas em bênçãos e sustento da fraqueza humana pela misericórdia de Deus.

As primeiras palavras pronunciadas por Tomé no Evangelho são de desconforto. Marta e Maria haviam suplicado a Jesus que fosse à cabeceira de Lázaro, mas voltar novamente à Judéia, após as ameaças feitas pelos inimigos, era expor-se a grande perigo. Jesus, porém, diante das objeções dos apóstolos, mostrou-se decidido e foi aí que Tomé exclamou aflito: "Vamos também nós e morramos com ele".

A segunda intervenção de Tomé. Jesus reunia os discípulos no cenáculo . Suas palavras têm um tom de despedida: "Para onde eu vou vós sabeis e sabeis também o caminho". Todos calam, tomados pela emoção; só Tomé ousa objetar: "Senhor, nós não sabemos para onde vais, e como poderemos conhecer o caminho?" A resposta de Jesus é outro presente, que introduz Tomé e nós no âmago do mistério trinitário. Jesus lhe respondeu: "Eu sou o caminho, a verdade e a vida. Ninguém vai ao Pai senão por mim. Se vós me conheceis, conhecerão também meu Pai. Desde este momento vós o conheceis".

Tomé precisa mais que qualquer outro da Páscoa para ter resposta definitiva às suas interrogações, sua ausência junto aos apóstolos quando da visita de Jesus ressuscitado, outro providencial incidente:" Se eu não vir em suas mãos o lugar dos cravos e se não puser o meu dedo no lugar dos cravos e minha mão no seu lado, não crerei."E Jesus pode responder: "Põe o teu dedo aqui e vê minhas mãos... Não sejas incrédulo, crê!"

A Virtude do Trabalho

Originalmente publicado no Jornal Partilhando em Maio/2006 - edição 14

Trabalhar é um dever e um direito de todos os homens e mulheres. A todos deve ser possível obter um trabalho seguro e honesto, sem discriminações injustas, respeitando a livre iniciativa econômica e uma justa retribuição. São Paulo afirmou: "quem não trabalhar também não há de comer" (2Ts 3,10). Por isso, os trabalhaodres devem realizar seu trabalho com consciência, competência e dedicação.

Por vezes o trabalho pode ser penoso, mas ele "honra os dons do Criador e os talentos recebidos. Suportando a pena do trabalho unido a Jesus, o artesão de Nazaré e o Crucificado do Calvário, o homem colabora de certa maneira com o Filho de Deus na sua obra redentora. Mostra-se o discípulo de Cristo carregando a cruz a cada dia, na atividade que está chamado a realizar. O trabalho pode ser um meio de santificação". (Catecismo da Igreja Católica, cânon 2427).

Com o trabalho o homem se sente útil, identifica-se com o próprio Cristo que veio servir, apesar de ser Deus. No serviço, na ajuda ao próximo, na doação de si mesmo, no uso dos dons que o Senhor nos deu, estaremos reproduzindo os talentos que gratuitamente nos foram dados pelo Senhor.

Quando nos lamentamos em relação ao nosso trabalho em si, ao valor do salário, em relação às tarefas espinhosas que nos são impostas, ou quando murmuramos sobre nossos colegas de trabalho, muitas vezes geramos uma inaceitação daquilo que é justamente uma forma de servirmos e de colaborarmos para o aprimoramento da sociedade em que vivemos.

Em outras ocasiões, colocamos todas as nossas esperanças de vida, expectativas e anseios no fruto que advirá de nosso labor e aí o trabalho tem invertida a sua finalidade, porque passamos a ser verdadeiros escravos de nossas atividades, comprometendo nossa disponibilidade de tempo, nossa família e o tempo que devemos dar a Deus. Trabalhemos para Deus, não para nós.

quarta-feira, 2 de julho de 2008

Conheça a Igreja (I): O Vaticano

O Vaticano é a sede da Igreja Católica. Trata-se, na prática, de um país - aliás, o menor do mundo. O Vaticano tem apenas 44 hectares de extensão e é composto por um conjunto de prédios ao redor da Praça de São Pedro e por mais alguns edifícios espalhados por Roma. Lá vivem em torno de mil habitantes, todos eles nascidos em outros países.

O chefe de Estado do Vaticano é o Papa, que acumula os poderes Executivo, Legislativo e Judiciário dentro do seu território. Por chefiar o Vaticano, o Papa é recebido com honras de chefe de Estado quando visita outra nação, o que não ocorre com nenhum outro líder religioso. Como é um país, o Vaticano possui embaixadores em quase todas as nações do mundo. Esses embaixadores são conhecidos como “núncios apostólicos”.

O Vaticano não tem exército. Assim, quem cuida da segurança internamente são a polícia italiana e a Guarda Suíça, um corpo de militares formado exclusivamente por cidadãos suíços solteiros, católicos e com idades entre 19 e 30 anos. O curioso uniforme que eles vestem foi desenhado no século XVI por Michelangelo.

A Bandeira do Vaticano é quadrada (e não retangular) e tem as cores amarela e branca, com as figuras das chaves de São Pedro e da mitra papal.

Por que o Vaticano é a sede da Igreja? “Vaticano” é o nome de uma das sete principais colinas de Roma. Foi lá que, por volta do ano 68 d.C., São Pedro foi crucificado e depois enterrado. Mais tarde, a Basílica de São Pedro foi construída sobre essa colina. São Pedro é o apóstolo que evangelizou Roma, por isso é considerado seu primeiro bispo e o primeiro Papa. Como era a capital do Império, Roma acabou se tornando também a sede da Igreja.

São Pedro foi evangelizar Roma - na época a maior do mundo - seguindo a vontade de Jesus. Conta-se que na época da perseguição promovida pelo imperador Nero, os cristãos convenceram São Pedro a deixar a cidade. Quando ia embora, ele teve uma visão de Jesus Cristo, que andava na direção contrária à do apóstolo. São Pedro perguntou então a Cristo: "Quo Vadis, Domine?", isto é, "Aonde vais, Senhor?". Jesus teria respondido: "vou a Roma ser crucificado novamente, já que você está indo embora". São PEdro então voltou e permaneceu até o fim na cidade, desde então sede da Igreja Católica.

Durante a Idade Média, existiram os chamados Estados Papais, uma espécie de reino que cobria cerca de um quarto da Itália. O papa era, na época, o senhor deses domínios. Pouco a pouco, a Igreja deixou de controlar essas áreas e hoje é sediada apenas no Vaticano, que fica dentro de Roma, capital da Itália, mas é independente.

Como não tem indústrias, a única fonte de renda do Vaticano são as doações dos fiéis. Suas riquezas materiais limitam-se às valiosas obras de arte que possui.

Veja a página do Vaticano na Internet.

Aguarde o próximo verbete da série: "O Papa".

Série "Conheça a Igreja"

A partir de hoje começamos a publicar a série "Conheça a Igreja". O objetivo pouco a pouco explicar como funciona a Igreja Católica e mostrar as pastorais e movimentos que a compõem. Você também pode sugerir verbetes. O primeiro, logo abaixo, é "O Vaticano".

São Bernardino Realino

(fonte: www.acidigital.com)

Santo Comemorado em 2 de julho

Com Bernardinho Realino (1530-1616) aconteceu um fato talvez único na historia dos santos: ainda em vida foi nomeado padroeiro da cidade de Lecce.

Ao espalhar-se a notícia de que o padre Bernardinho estava morrendo, o prefeito da cidade reuniu a câmara e dirigiu-se ao colégio dos jesuítas.Ante o leito do morimbundo, leu um documento que tinha preparado: "Grande é nossa dor, pai amado, ao ver que nos deixais, pois nosso mais ardente desejo seria que permanecêsseis sempre conosco. Não querendo, contudo, opor-nos à vontade de Deus, que vos convida para o céu, desejamos pelo menos encomendar-vos a nós mesmos e a toda esta cidade tão amada por vós e que tanto vos tem amado e reverenciado. Assim o fareis, ó pai, pela vossa inesgotavél caridade, a qual nos permite esperar qu queirais ser nosso protetor e patronono paraíso, pois já por tal vos elegemos desde agora para sempre, seguros de que aceitareis por fiéis servos e filhos... Com esforço respondeu o padre: "Sim, senhores".

De fato, o padre Bernadinho tinha dedicado mais da emtade de sua longa vida, e a quase totalidade de sua ação apostólica como padre, à cidade de Lecce. A Lecce chegou em 1574 como superior da nova comunidade de jesuítas; depois foi fundador e reitor do colégio, diretor da congregação mariana, e sobretudo apóstulos dos pobres e enfermos. "O que foi S. Felipe Neri para a cidade Eterna - escreveu Leão XIII na bula de canonização - foi para Lacce Bernardinho Realino. Desde a mais alta nobreza até os últimos esfarrapados, encarcerados e escravos turcos não havia quem não o conhecesse como apóstolo e benfeitor da cidade.

Assim sem grandes feitos exteriores, desenvolveu-se com a rotina de uma dedicação total aliária a santidade de Bernardinho Realino. Apesar de ter sido chamado tarde à vida religiosa (contava trinta e quatro anos quando ingressou na Companhia de Jesus), sua vida se apresenta como uma grande continuidade sempre em busca da verdade e do bem.

terça-feira, 1 de julho de 2008

A Memória














Hoje em dia, todos certamente concordarão, vivemos num ritmo acelerado em que tudo chega até nós em quantidades imensuráveis. Uma enorme quantidade que nem sempre vem acompanhada de qualidade.

Somos bombardeados por informações as mais diversas possíveis; lemos jornais, livros e revistas sobre os mais variados assuntos; assistimos a filmes e seriados e telejornais que abordam os mais vastos temas... Enfim, vivemos numa sociedade fundamentada na informação e na transformação constante. Então, como agir diante de tudo isso? Melhor ainda, como reagir de forma a guardar apenas o que realmente é importante e necessário para melhorar a nossa vida?

Ora, nossa mente não é capaz de manter tudo que chega a ela sem parar. É preciso que haja critérios de escolha para preservar o que é bom e descartar o que é ruim. E como fazer isso?

Santo Agostinho, doutor da Igreja, indica-nos um caminho ao qual podemos nos lançar confiantes em suas palavras. Ele fala sobre a memória, a memória individual que nos faz e nos constitui como pessoa única. Esta mesma memória, segundo o bispo de Hipona, leva-nos a sentirmos saudades de Deus, nosso criador e salvador, porque traz preservado em nossa alma a lembrança da felicidade eterna.

"Chego aos campos e vastos palácios da memória onde estão os tesouros de inumeráveis imagens trazidas por percepções de toda espécie. Aí está também escondido tudo o que pensamos, quer aumentando quer diminuindo ou até variando de qualquer modo os objetos que os sentidos atingiram. Enfim, jaz aí tudo o que se lhes entregou e depôs, se é que o esquecimento ainda o não absorveu e sepultou... ...Quem poderá explicar o modo como elas se formaram, apesar de se conhecer por que sentidos foram recolhidas e escondidas no interior?..."

Sem memória, o que somos? É na memória que nos reconhecemos como pessoa única diante do mundo e diante de Deus, com todas as responsabilidades que este reconhecimento nos leva a aceitar e cumprir.

Nilson Antônio da Silva, 2008.

As armadilhas do encardido

Padre Léo, SCJ, em Jovens Sarados, nos ensina quais são as artimanhas usadas pelo encardido para dissuadir o povo de Deus.
Conheçam um pequeno trecho:
"O que é a Nova Era?
A Nova Era é a religião light, não é a religião segundo a qual você precisa se converter ao Evangelho, mas converte o Evangelho a você; faz a leitura que quer do Evangelho. " Eu sou católico, mas do meu jeito." Do seu jeito até o encardido pode ser católico!
O estilo da vida light gera uma sociedade sem esforço. "Eu vou à igreja quando quero; eu sou o centro. Quando tenho um problema eu vou; vou e exijo".
Estamos criando uma geração de jovens light, fracos, que desistem diante de qualquer problema."

Você vai gostar de ouvir: Matt Maher

Canções de louvor tocadas e cantadas com energia, letras tocantes, muitas delas bíblicas, cheias de espiritualidade. Assim é a obra do cantor canadense Matt Maher, pouco conhecido no Brasil. Matt Maher é católico e já lançou quatro álbuns. Para quem gosta de pop rock, mas já está cansado daquelas bandas que só falam de carro e sexo, vale a pena conferir. O site oficial do cantor e de sua banda é este. Ouça algumas músicas em seu perfil no MySpace. Veja também sua página no Facebook.

Discografia:

Empty and Beautiful (2008)
Overflow (2006)
Welcome to life (2004)
The End and the Beginning (2002)

Eu renovo todas as coisas

“O que está sentado no trono declarou então: ‘Eis que faço novas todas as coisas’”. Estas palavras aparecem em Apocalipse 21, 5. Aquele que está sentado no trono é o rei dos reis, Jesus.

Inspirados nesse versículo e no impactante filme A Paixão de Cristo, de Mel Gibson, um casal de integrantes do movimento Regnum Christi (infelizmente não sei seus nomes, nem de onde são) compôs a tocante canção All things new. Ouçam-na no vídeo abaixo, que contém cenas de A Paixão de Cristo e tem legendas com a tradução da letra para o Português:

Lifehouse Everything Skit

Não sei qual a origem deste vídeo, nemquando foi gravado ou quem são as pessoas que dele participam. Inclusive desconfio que não seja um evento católico. Mas seu conteúdo é bastante cristão. Trata-se de uma breve apresentação sem diálogos, ao som da bela música Everything, da banda americana Lifehouse. A idéia é muito simples, mas a mensagem, sobre como Deus nunca nos abandona, apesar das tentações mundanas, é tocante. Assistam:


"O que pode temer o filho nos braços do Pai?"

São Pio de Pietrelcina