quinta-feira, 2 de julho de 2009

Perseguição religiosa no Futebol


É cada dia mais explícito clima de perseguição religiosa que vai tomando do mundo. Desta vez foi a Fifa que decidiu repreender a Seleção Brasileira em decorrência do Pai Nosso rezado em campo pelos jogadores e pela equipe técnica após a vitória sobre os Estados Unidos na Final da Copa das Conederações. Matéria do jornal O Estado de São Paulo afirma que a entidade enviou comunicado à CBF e que o incômodo da Fifa vem desde 2002, quando também houve oração em campo após a vitória na final da Copa do Mundo.

A Fifa e algumas confederações européias, como a da Dinamarca (sempre a Dinamarca, né? Lembram-se do caso das charges de Maomé?) estariam incomodadas e temerosas com manifestações religiosas não só por parte dos cristãos, mas também dos muçulmanos. O diretor da Associação Dinamarquesa chegou a dizer que "A religiosão não tem lugar no futebol".

Eis aí. Agora é proibido orar em público. A consciência de cada um deve ser banida do futebol. Deus não cabe nos estádios.


É impressionante: Deus incomoda demais. Um amigo jornalista havia reclamado da frase "Sou de Jesus" nas camisas dos jogadores. Ele ficou indagando como seriam recebidas manifestações religiosas de muçulmanos, umbandistas e espíritas. Pelas pessoas sãs, seriam bem recebidas. Acho que qualquer pesoa deve ter o direito de expressar a religião que quiser, se isso for feito de maneira respeitosa. Que mal há dizer "I belong do Jesus"? Que mal há em fazer uma breve oração em campo?

A atitude da Fifa é deprimente, asquerosa. Em nome da estupidez do "politicamente correto", decide perseguir a religião dos jogadores.

Espero que osjogadores mundo afora, que são a única e exclusiva razão de ser do futebol, não aceitem a pressão da Fifa. Espero que mantenham a consciência íntegra e não escondam sua religiosidade porque ela incomoda a um bando de velhos ateus mais preocupados com política do que com qualquer outra coisa.

Que Deus nos perdoe com o que estamos fazendo com esse mundo.

5 comentários:

Unknown disse...

não é bem assim.

Atente às regras da FIFA:

" As regras da Fifa de fato impedem mensagens políticas ou religiosas em campo. "

cobrar a exigência das regras é perseguição religiosoa?

Antes de mais nada, todo jogador tem o dever de conhecer as regras da organização à qual está submetido. E mais importante, tem a obrigaçaõ de cumpri-las com rigor.

Se concordam ou não, é outra história, podem reclamar disso, tentar mudar as regras, se for o caso; mas enquanto as regras forem essa, elas devem ser cumpridas, e ponto final.

No mais, a atitude da FIFA em proibir esse tipo de coisa tem a ver com o fato de que são pessoas de FORA que aparecem em outros países para os jogos. Ou seja, tem a ver com políticas de não interferência em solo estrangeiro.

Se permitir isso de manifestação religiosa, abre portas pra todo tipo de manifestação, como, por exemplo, de países baseados em um tipo de religião utilizando o esporte como plataforma de promoção religiosa.

Além do fato de que o mundo todo não é cristão, e não vivemos num mundo ideal, onde todo mundo respeita numa boa as tradições religiosas alheias, que sejam diferentes da sua. Tem gente que pode sim, ficar puto com isso; seja um muçulmano mais exaltado com uma pequena manifestação judaica em campo, ou um crisão bitolado com alguma referência Hinduísta vindo de outra seleção.

Na boa, puro bom senso isso. Não precisa ver perseguição em tudo.

Moisés de Oliveira disse...

Sim, as regras da Fifa proibem mensagens religiosas e por isso eu posso compreender que a entidade não queira mensagens como a da camisa de Kaká. Mas uma oração, por mais que seja evidentemente uma manifestação religiosa, não é uma mensagem direcionada ao público. Proibir orações é uma agressão medonha feita contra a cosnciência do jogador, contra a liberdade religiosa, contra a liberdade de expressão. È incrível pensar que um jogador pode se requebrar todo em campo na hora de comemorar um gol, mas se rezar, poderá ser punido. Isso é ridículo.

A Fifa nada mais é do que uma organizadora do futebol. Sem os jogadores, ela não serve para absolutamente nada. Ela não pode regular o futebol contra os jogadores. A expresão religiosa é natural, é humana e é respeitosa se ocorrer dentro de limites simples, como foi o caso da Seleção Brasileira. Proibir a oração é agredir os jogadores.

A Fifa pode estar preocupada com a política. Mas ela não pode ceder a essa coisa terrível que é o "politicamente correto". Não é porque muitas pessoas podem se ofender com uma simples oração que ela não deve ser feita. Os civilizados é que devem ensinar aosnão civilizados como se comportar. Fazer diferente disso, por medo de violência dos loucos, é que é errado.

Se um muçulmano quiser se manifestar por Allah, que o faça. Se um ateu quiser se manifestar pela deusa razão, que o faça de forma respeitosa e que os outros respeitem.

Mas a questão da perseguição religiosa é muito mais complicada do que isso. Por que uso esse termo? Porque a criação de normas impeditivas da expressão da religiosidade é uma tendência e não posso compreender isso de outra forma: trata-se da perseguição promovida por laicistas contra as pessoas que têm religião.

Há quem diga que o laicismo é a idéia de que Estado e Igreja devem estar separados. Essa idéia é ótima, mas não se identifica mais com o laicismo. Os laicistas de hoje querem eliminar qualquer influência de qualquer religião sobre a sociedade como um todo e para isso, demonizam as religiões e apregoam que a religiosidade deve ser expressada, no máximo, na mais recôndita intimidade. Daí, proíbem meninas muçulmanas de usarem véus em escolas públicas na França, um atentado flagrante contra a liberdade individual. Na Inglaterra fecham agências de adoçao que se recusam a entregar crianças para casais homossexuais. Nos EUA perseguem médicos que se recusam a fazer abortos. Há nisso tudo um forte viés antirreligioso, pois éinegável que a religião é uma das bases fundamentais da moral. Isso sem falar o enorme preconceito intelectual contra católicos por exemplo, um preconceito fortíssimo nas universidades ("como alguém inteligente pode ser católico?"). É possível citar inúmeros casos, infelizmente.

O que está ocorrendo? A substituição de uma visão de mundo por outra. A nova visão odeia as religiões e quer restringi-las completamente. Luta para eliminar suas influências historicas e construir um mundo em que os parâmetros morais oriundos sobretudo do Cristianismo sejam eliminados. Curiosamente esse mundo novo que querem construir não é nada novo, pois se parece muito com o velho mundo romano em termos morais. Nesse caso, o "progresso" é um retrocesso...

Talvez esa tendência não esteja tão clara para todos. Ela se torna mais explícita quando se sofre algum tipo de preconceito religioso e quando se começa a reparar que o espaço público para a expressão da religiosidade é cada vez menor.

Meu caro, queira Deus que eu esteja errado, mas temo que em poucas gerações, os cristãos estarão se reunindo novamente nas catacumbas.

Unknown disse...

Tem muita coisa errada acontecendo sim, só não acho que esse caso em particular seja um bom exemplo.

Você ainda deu uma especulada brava aí, sugerindo que os pessoal da fifa são "velhos ateus preocupados com política demais".

Ora, vai saber se são ateus, ou se são pessoas que simplesmente levam a sério as regras, porque acreditam que essa é a melhor forma de dirigir a FIFA.

Tem um puta diferença também desse caso com outros, como proibir uma muçulmada de usar um véu em escolas, ou um cristão de não usar um crucifixo. Esse caso não tem nada demais, os outros sim, são manifestações de intolerância.

É uma questão lógica não misturar mensagens politicas ou religiosas, ou ideológicas de qualquer forma em um esporte; que é deve ser simplesmente... um esporte. E nada mais.

O politicamente correto, nem sempre é um bicho papão, é preciso ceder um pouco também. Não posso rezar em campo? Beleza, rezo no vestiário. Rezo antes do jogo. Rezo depois.

Essa "perda de espaço para a religiosidade" nesse caso em particular, não é perda de espaço, esse espaço simplesmente nunca existiu.

OLHO VIVO disse...

A FIFA PROIBE ORAR, É JUSTO?

GENEBRA - A comemoração do Brasil pelo título da Copa das Confederações, na África do Sul, e o comportamento dos jogadores após a vitória sobre os Estados Unidos causaram polêmica na Europa. A queixa é de que a seleção estaria usando o futebol como palco para a religião. A FIFA confirmou à Agência Estado que mandou um alerta à CBF pedindo moderação na atitude dos jogadores mais religiosos, mas indicou que por enquanto não puniria os atletas, já que a manifestação ocorreu após o apito final. Ao final do jogo contra os EUA, os jogadores da seleção brasileira fizeram uma roda no centro do campo e rezaram. A Associação Dinamarquesa de Futebol é uma das que não estão satisfeitas com a FIFA e quer posição mais firme. Pede punições para evitar que isso volte a ocorrer.

“A religião não tem lugar no futebol”, afirmou Jim Stjerne Hansen, diretor da Associação Dinamarquesa. Para ele, a oração promovida pelos brasileiros em campo foi “EXAGERADA”. “Misturar religião e esporte daquela maneira foi quase criar um evento religioso em si. À Agência Estado, a entidade confirmou que espera que a FIFA tome “providências” e que busca apoio de outras associações. Fonte: Agência

Ser “EVANGÉLICO” virou moda e tornou-se uma febre no meio esportivo, basta dar uma olhada nas transmissões de jogos pela TV e lá estão os “PSEUDO-EVANGÉLICOS” erguendo as mãos para o alto, fazendo o sinal da cruz, exibindo camisas, balbuciando palavras às vezes desconexas sem falar no tradicional “Pai Nosso”. Este ultimo é na base do BERRO como se fosse um “GRITO DE GUERRA” entre os atletas, mesmo que eles não tenham, na maioria das vezes, qualquer comportamento que expresse aquilo que estão REZANDO. O que me deixa perplexo e intrigado é ver pessoas que se declaram evangélicas aprovando tais práticas como se isto fosse um ORGULHO para a religião. A prova está aí, a febre KAKÁ que está mexendo com os evangélicos por ter o mesmo se declarado seguidor de uma das milhares de religiões existentes. A dele é a mesma dos Apóstolos ESTEVAM HERNANDES E SÔNIA HERNANDES os mesmos que foram detidos nos Estados Unidos por sonegação, com $50.000,00 dólares escondidos na BÍBLIA.

Neste caso duas palavras me chamam a atenção, CAUTELA e PRECAUÇÃO. Cautela porque não é assumindo uma posição diante de um compromisso religioso que se pode definir um verdadeiro cristão, há de se analisar toda a sua conduta diante de todas as circunstâncias. Precaução porque hoje existem entidades que se definem como igrejas, mas que em nada se identificam com os princípios elementares na sua forma de adorar a Deus. Se duvido destes testemunhos? Com certeza absoluta! Não me convence, baseado nas ESCRITURAS, esta forma de espetacularizar e usar a fé transformando-a num meio de propaganda de GRUPOS RELIGIOSOS, que coloca de lado as questões básicas no exercício racional da fé. Como disse, hoje qualquer um e em qualquer lugar pode se declarar um EVANGÉLICO, fato que não dá nenhuma sustentação para acreditarmos que tais pessoas realmente tenham um comportamento adequado e afinado com os ensinos de Jesus.

É justa a posição da FIFA? Não tenho duvidas quanto a isto uma vez que os evangélicos, isto inclui todos os grupos, se eximiram da responsabilidade de tomarem uma atitude mais forte nesta HIPOCRISIA RELIGIOSA. O que me deixa preocupado é que foi preciso a FIFA chamar a atenção de dirigentes para por um freio nesta exploração irracional da fé nos jogos de futebol. Prefiro assim a ter que conviver com a desmoralização da religião que já alcança índices alarmantes em nos quatro cantos da terra. Esta farsa religiosa precisa urgentemente ser desmontada, do contrário, só Deus sabe onde vamos parar!

Continua...

OLHO VIVO disse...

Continua...

“BEM-AVENTURADO o varão que não anda segundo os conselhos dos ímpios, nem se detém no caminho dos PECADORES, nem se assenta na roda dos escarnecedores. ANTES, tem o seu prazer na lei do Senhor, e na sua lei medita de dia e de noite” - Salmos 1 : 1 e 2. Este texto por si só da a dimensão exata do que deve ser a vida de um cidadão comprometido com o Evangelho, ele explicita qual deve ser a conduta que o homem deve ter para ser bem sucedido na sua vida. Paulo recomenda: “Fugi da APARÊNCIA do mal” - I Tessalonicenses 5:22 o que me permite afirmar que no mínimo há algo incompatível nesta onda de se envolver as questões religiosas com as práticas esportivas. Ali é um JOGO, portanto, condenável diante das Escrituras. Você pode refutar dizendo que é apenas uma PROFISSÃO no que não discordo, mas para um cristão verdadeiro fica muito claro que há alternativas para que ele possa ganhar a vida sem se envolver com coisas desta natureza. Nesta linha de raciocínio um CARRASCO que se declare cristão está isento da condenação por ser um PROFISSIOINAL da morte. Desculpe a minha ignorância, mas prefiro um Evangelho que não esteja ATRELADO com as coisas deste mundo, mesmo que isto pareça utópico. Esta banalização da religião e esta exposição na mídia em nada contribuem para o fortalecimento do cristianismo, pelo contrário, o que se vê é uma enxurrada de produtos piratas rotulados de igreja negociando a fé do povo em troca de qualquer coisa, e quando o assunto é DINHEIRO a coisa fica ainda mais evidente.

Assim, para a nossa HUMILHAÇÃO e VERGONHA, foi necessário que uma entidade sem qualquer relação com o cristianismo, a FIFA, tomasse uma posição dura, já que nós coitados religiosos de fachada sequer fomos incomodados com estes desmandos que notadamente maculam a história da religião. Já veio tarde e eu espero que os nossos líderes consigam enxergar neste posicionamento os seus equívocos religiosos e passem a tratar o cristianismo com respeito evitando constrangimentos desta natureza para o exercício da fé.

“...Que não vos movais facilmente do vosso entendimento, nem vos perturbeis, quer por espírito, quer por palavras, quer por epístola...” - I Tessalonicenses 2:2.

Carlos Roberto Martins de Souza
crms2casa@hotmail.com

"O que pode temer o filho nos braços do Pai?"

São Pio de Pietrelcina