segunda-feira, 29 de setembro de 2008

História da Salvação - Os Juízes



A história dos Juizes está situada entre 1200 a 1020 antes de Cristo. Os juízes governaram o povo hebreu desde a época da morte de Josué até o início da monarquia. Foi um tempo cheio de dificuldades, com a continuação da conquista da Terra Prometida. Durante todo esse tempo, as tribos são governadas por chefes que tem um cargo vitalício, geralmente chamados de juízes menores. Quando surgem grandes dificuldades, aparecem chefes carismáticos, chamados de juízes maiores, os quais unem e lideram as tribos na luta contra os inimigos.

Canaan, a Terra Prometida, é uma região de contrastes, com montanhas geladas ao norte e, mais ao sul, praias mediterrâneas com temperaturas bem mais elevadas e extensos desertos que se perdem rumo ao Egito. Já as proximidades do Mar Morto se encontram numa depressão de cerca de quatrocentos metros abaixo do nível do mar Mediterrâneo. O Mar Morto atualmente possui uma área de 1050 quilômetros quadrados, pouco menor do que o município de Santo Antônio do Monte. Na antiguidade, entretanto, ele era um mar bem mais extenso. Somente nos últimos cinqüenta anos, foi constatada a perda de mais de um terço de sua superfície. Nos tempos do Antigo Testamento, ele foi chamado de Mar Salgado, de Mar Oriental e também de Mar de Arabá. Já o Mar da Galiléia, que é alimentado pelas águas do Rio Jordão, possui cerca de treze quilômetros de largura e atinge até dezenove quilômetros de comprimento. Este mar, na realidade, é um imenso lago de água doce. Ele também está há mais de duzentos metros abaixo do nível do mar. Em suas proximidades encontram-se terras férteis que formam belas paisagens.

Mais ao norte das terras de Canaan, fica uma região repleta de colinas e de montes mais elevados. Um planalto inabitável, hoje chamado de Colinas de Golan, fica nesse local, sendo formado por montanhas que permanecem cobertas de neve constantemente. Nas terras mais baixas, como nas proximidades do Mar da Galiléia, o clima é úmido e aí ocorrem muitas chuvas. Em contraste, as terras do sul são mais secas, em alguns pontos extremamente áridas, embora também sejam montanhosas. Nas terras que futuramente seriam a Samaria e parte da Judéia, existe um verdadeiro mosaico de colinas entremeadas por vales férteis, propícios ao cultivo de vários tipos de plantas, especialmente oliveiras. A vegetação nativa era constituída de florestas em alguns locais, nas quais podiam ser encontrados desde carvalhos até madressilvas e plátanos nas margens dos córregos. Já as tamareiras podiam ser encontradas em quase toda parte! Vários tipos de flores silvestres podiam ser admiradas nas colinas e planícies, como ciclames e margaridas, nas quais mais de cem variedades de borboletas brincavam nos dias de primavera! Pássaros diversos, como rouxinóis, falcões, gaviões e até mesmo pintassilgos, são típicos dos céus de Canaan. Pelas colinas e bosques podiam ser encontradas gazelas e raposas, gatos do mato e cabras selvagens, dentre outros vários animais.

É interessante observar que, nas terras de Canaan, em poucos minutos é possível passar de campos férteis e úmidos a desertos secos e desolados, ou então de montanhas e colinas a planícies e vales verdejantes. Naturalmente, naqueles tempos em que os únicos meios de transporte eram a pé ou a cavalo, isso não podia ser feito em poucos minutos, mas em horas e dias!

Os hebreus, ao chegar à Terra Prometida, encontraram ainda um clima que variava entre o temperado e o tropical, com a ocorrência de um inverno chuvoso, de novembro a maio, e de um verão seco nos meses restantes. Dependendo do local, é claro, as diferenças são bem marcantes no que se refere à quantidade de chuvas, de calor ou de frio.

E foi naquelas terras distantes, tão diferentes das paisagens brasileiras a que estamos acostumados, que o povo de Deus chegou para se estabelecer e lutar arduamente na construção de sua nação.

A grande dificuldade enfrentada pelos juízes no governo do povo era a infidelidade a Deus por parte deste mesmo povo, que muitas vezes se voltava para o culto aos deuses pagãos. Os povos que viviam naquelas terras, desde tempos imemoriais, tinham seus próprios deuses e a eles prestavam cultos muitas vezes cruentos, isto é, com sacrifícios de crianças. O povo de Deus, muitas vezes, rebelou-se e começou a prestar culto àqueles deuses, numa atitude de infidelidade aos mandamentos do Senhor. Outra dificuldade para os hebreus era enfrentar e vencer os povos cananeus que ainda resistiam.


Os juízes menores são: Samgar, Tola, Jair, Abesã, Elon e Abdon. Os juízes maiores são: Otoniel, Aod, Débora e Barac, Gedeão, Jefté e Sansão. Dos mais conhecidos, destacamos as seguintes histórias:

Débora conseguiu a vitória sobre os reis cananeus que habitavam as terras centrais e, assim, possibilitou a união entre as tribos do norte e as do sul. Gedeão, que a princípio relutou em assumir a liderança dos hebreus, tentou reorganizar o povo e conseguiu vencer os reis de Madiã. Sansão lutou contra os filisteus, que haviam se estabelecido na região costeira e se tornaram uma ameaça séria ao sistema tribal. Em meio a uma história de amor por Dalila, Sansão foi entregue aos filisteus e acabou sendo morto.

O tempo dos juízes termina com o início das atividades do profeta Samuel, considerado o último dos Juízes. Foi com Samuel que começou a monarquia em Israel. Segundo alguns estudiosos, talvez o livro dos Juízes tenha sido escrito pelo próprio Samuel; já outros afirmam que este livro foi escrito durante o exílio na Babilônia e que seu autor é desconhecido.

Para conhecer mais detalhes, leia o Livro dos Juízes.

Nilson Antônio da Silva

Os Santos Anjos

São Miguel Arcanjo é o príncipe da milícia celeste, o grande protetor da Igreja, primeiro miles ecclesiae. Sua festa é comemorada neste dia 29 de setembro.

São Miguel é citado na Bíblia no livro de Daniel e no Apocalipse. É o anjo que derrotou Lúcifer e os otros demônios quando eles se rebelaram contra Deus. Por isto é tido como um guardião dos homens contra os poderes do inferno.

Segunda a tradição, São Miguel é um arcanjo, isto é, pertence à oitava hierarquia dos anjos. Lúcifer, o derrotado, seria um querubin, anjo da segunda hierarquia. Como não deve ter sido humilhante para um orgulhoso demônio ser precipitadodo Céu porDeus por intermédio de um anjo de um grau hierárquico tão inferior... E como Deus é misterioso, chamando um simples ancanjo para colocá-lo à testa das hostes celestiais!

Miguel, do hebraico Mikhael, significa "Quem é como Deus?". Esta teria sido a sua resposta à rebelião dos demônios.

Há uma vasta tradição a respeito das aparições de São Miguel. A mais famosa delas ocorreu no Monte Gargano, no sul Itália, no começo da Idade Média. Ele apareceu a um pastor, que tentava matar uma ovelha que tinha se perdido numa caverna. Nesse local foi construído um grande santuário. Outra aparição famosa ocorreu em Roma, numa época em que a cidade era arrasada pela peste. São Miguel foi visto sobre as muralhas de um castelo que hoje tem o nome de Castel Sant'Angelo. Há inúmeras outras aparições.

Neste dia 29 de setembro também comemoramos as festas dos outros dois únicos anjos cujos nomes conhecemos: São Rafael e São Gabriel.

São Gabriel



O nome deste Arcanjo, citado duas vezes nas profecias de Daniel, significa "Força de Deus", mas é muito conhecido devido a sua singular missão de mensageiro, uma vez que foi ele quem anunciou o nascimento de João Batista e, principalmente, anunciou o maior fato histórico:

"No sexto mês, o anjo Gabriel foi enviado por Deus a uma cidade da Galiléia, chamada Nazaré... O anjo veio à presença de Maria e disse-lhe: "Alegra-te, ó tu que tens o favor de Deus" a partir daí, São Lucas narra no primeiro capítulo do seu Evangelho, como se deu a Encarcação.

São Rafael



Um dos sete espíritos que assistem ao Trono de Deus, Rafael aparece no Antigo Testamento, no livro de Tobit.

"Tobias foi à procura de alguém que o pudesse acompanhar e conhecesse bem o caminho. Ao sair, encontrou o anjo Rafael, em pé diante dele, mas não suspeitou que fosse um anjo de Deus" (Tob 5,4).

Este arcanjo de nome "Deus Curou", restituiu à vista do piedoso Tobit, e nos demonstra que a sua presença, bem como a de Miguel e Gabriel, é discreta, porém, amiga e importante.

quinta-feira, 25 de setembro de 2008

Petição a favor da vida dos fetos anencéfalos

Está sendo organizada uma petição online em defesa da vida dos fetos anencéfalos e contra, portanto, a autorização do aborto dessas crianças. A petição será depois encaminhada ao Supremo Tribunal Federal. Participe! Ajude a mostrar aos juízes do Brasil o que o povo brasileiro pensa.

O endereço:

http://www.petitiononline.com/DAV2008/

quarta-feira, 24 de setembro de 2008

O Segredo da Vida


Desde que o mundo é mundo e que as pessoas questionam sobre a grande e misteriosa aventura do ser humano na terra, muitos têm buscado descobrir o segredo da vida. Alguns procuraram no topo das montanhas de neves eternas, outros nas ilhas distantes perdidas no meio do oceano, outros, ainda, no coração das imensas selvas... entretanto, quem pode dizer que encontrou?

Aventureiros talvez tenham alguma informação, os filósofos provavelmente falarão com segurança sobre este segredo, os homens de bom senso terão respostas satisfatórias. Mas, quem pode ter a reposta exata? Sem dúvida alguma, aqueles que voltam seus ouvidos para as palavras de vida de Cristo.

As pessoas que procuram por conforto dificilmente entenderão do que falo; quem almeja fama, poder e glória nem sequer voltará os olhos para estas palavras e menos ainda terá tempo para ouvir a Palavra de Deus. Quem procura por segurança e bem-estar neste mundo não encontrará nunca o segredo da vida. Ainda que procure, não encontrará. E por quê? Porque, para encontrar o segredo da vida, é preciso antes de tudo abrir mão de muitas coisas, a começar pela própria vida. E digo isto apenas repetindo o que o meu Senhor disse há dois mil anos atrás. Ora, para ganhar a vida é necessário antes perder a vida. Contraditório, não? Mas é mesmo. E mais ainda, é preciso perder a própria vida e todos os confortos que o mundo oferece também. Exigente o Senhor, não? Uns dirão que são palavras absurdas, exigências duras demais... outros, dirão ainda que é a mais pura loucura fazer uma coisa dessas, abrir mão até da própria vida... e mais ainda! Quem pode escutar essas coisas absurdas, dar ouvido a palavras tão fora da realidade?!

A resposta é curta e grossa: muitos escutam e muitos seguem essas palavras e por elas dão a própria vida! Abandonam tudo e se entregam à sabedoria da Palavra de Deus. Ao mergulhar nesta Sabedoria encontram a verdadeira realidade, que é a realidade perfeita e absoluta. E é nessa realidade que está a verdadeira vida, a que não se extingue nunca, pois é eterna. É nessa realidade que não há mais dor nem lágrimas, pois “o Senhor enxuga todas as lágrimas”. É para encontrar essa realidade que vale a pena abrir mão da própria vida. Essa realidade, que é perfeita, é a casa do Senhor, é o reino que o próprio Deus criou e preparou desde toda a eternidade para todos e cada um de seus filhos.

Quando conseguimos entender a grandiosidade e a infinita bondade da vontade de Deus em nos querer eternamente em sua casa, tudo neste mundo se torna como pó sem valor que é levado pelo vento. E foi por entender isto que os patriarcas, profetas e apóstolos disseram que neste mundo “somos apenas estrangeiros que vivem em tendas, sem morada fixa”, como Abraão fez. Jesus, em certa ocasião, também disse que “não devemos nos preocupar com o dia de amanhã, pois Deus tudo providencia para que possamos viver”.

Entretanto, é preciso ressaltar que ser estrangeiro neste mundo não significa ser alienado, ou seja, permanecer fora dos sofrimentos e alegrias de cada dia. Neste ponto, Jesus foi muito claro ao afirmar que “quem não toma a sua cruz de cada dia e não o segue não é digno do Reino de Deus”. Tomar a cruz de cada dia é viver a cada dia com intensidade, usufruindo das alegrias e enfrentando as dificuldades, igualzinho o Senhor fez. O mundo é obra de Deus e portanto é bom; o que o tornou um lugar corrompido foi o pecado. Assim, toda a maldade que há no mundo é fruto dos pecados cometidos pelos homens.

Finalmente, eis o grande segredo da vida: o segredo da vida é amar a cruz! Este foi o segredo que Jesus revelou em palavras e ações a todos os homens!

Nilson Antônio da Silva

terça-feira, 23 de setembro de 2008

São Pio de Pietrelcina

Francesco Forgione foi, sem dúvida, uma das grandes figuras do século XX. Hoje é conhecido como São Pio de Pietrelcina, o "Padre Pio". São incontáveis os testemunhos sobre sua santidade, sobre os milagres que Deus realizou por seu intermédio e sobre os eventos sobrenaturais ligados à sua pessoa.

Ele nasceu em 25 de maio de 1887 em Pietrelcina, no sul da Itália. Homem de espiritualidade franciscana, desde criança teve visões de Maria e dos santos anjos. Ordenou-se padre aos 23 anos, sendo integrante da Ordem dos Capuchinhos.

Aos 31 anos recebeu os estigmas de Cristo. Ou seja, Deus concedeu-lhe compatilhar do sofrimento de Seu Filho: Pio carregou por quase toda a vida feridas nas mãos e nos pés, que não tinham causa aparente e não cicatrizavam. Embora fosse muito discreto quanto aos estigmas, a história se espalhou e chamou a atenção de cientistas e da imprensa em todo o mundo. Os estigmas se curaram milagrosamente pouco antes de sua morte, que ocorreu na madrugada de 23 de setembro de 1968 - ou seja, há 40 anos. Sua canonização ocorreu em 2002.

São Pio exerceu o sacerdócio durante quase toda a vida na cidade de San Giovanni Rotondo, também no sul da Itália, onde construiu um grande hospital, famoso em toda a Europa: A Casa de Alívio do Sofrimento.

Contam-se muitas histórias sobre Padre Pio. Conta-se que ele tinha o dom da bilocação: podia estar em dois lugares ao mesmo tempo. Não são poucos os testemunhos de pessoas que afirmam ter estado com ele num mesmo dia e numa mesma hora, mas em cidades diferentes. Conta-se também que São Pio de Pietrelcina podia ler pensamentos, tendo um conhecimento incomum sobre o coração das pessoas. Dois episódios famosos o ligam ao santo Papa João Paulo II. Conta-se que que certa vez Padre Pio encontrou-se com um jovem padre polonês. Ele ajoelhou-se então diante desse padre, chamado Karol Wojtila, e saudou-o: "Santidade!". Conta-se também que João Paulo II, já feito papa, escreveu a Padre Pio pedindo-lhe que intercedesse junto a Deus por uma antiga amiga de sua juventude, que padecia de uma doença já em estado terminal - e ela milagrosamente ficou curada.

Para saber mais sobre esse santo extraordinário, clique aqui e aqui.
Para assistir a um breve trecho da última missa que Padre Pio celebrou, clique aqui.
Assista a um documentário produzido pela TV Canção Nova sobre Padre Pio: Parte 1, Parte 2, Parte 3.

Casas do Senhor X: Catedral de Évora, em Portugal

A Basílica Sé Catedral de Nossa Senhora da Assunção é mais conhecida como Catedral de Évora. Sua construção começou em 1186 e foi concluída em 1250. Seu estilo arquitetônico reúne caracterísitcas do romanico e do gótico. Sede da arquidiocese de Évora, é considerada a maior catedral portuguesa.

Logo na fachada da catedral há duas torres, numa das quais estão os sinos. Esculturas dos doze apóstolos ladeiam o portal de entrada. No interior, há três naves. Na nave central há o altar de Nossa Senhora do Anjo.

Conta-se que foi nessa catedral que as bandeiras da expedição de Vasco Da Gama, que chegou às Índias, foram benzidas.

segunda-feira, 22 de setembro de 2008

História da Salvação - Josué


Por volta de mil e trezentos anos antes de Cristo, os hebreus chegaram a Canaã liderados por Moisés. Após sua morte, a liderança do povo foi dada por Deus a Josué, a quem coube conduzir os hebreus na conquista e na partilha da Terra Prometida. A conquista de Canaã foi um processo lento e longo, às vezes pacífico, outras vezes violento, que durou cerca de dois séculos e somente terminou nos tempos do rei Davi.

Josué significa “Javé Salva” ou “Javé é a Salvação”. Na transliteração para a forma latina, deu origem ao nome Jesus. Josué era filho de Num, da tribo de Efraim.

Quando os hebreus chegaram a Canaã, encontraram uma terra já habitada por diversos povos que viviam em cidades que tinham total autonomia política e econômica e, muitas vezes, viviam envolvidas em constantes conflitos entre si. Cada uma tinha seu próprio rei e cada uma era independente em relação às outras. Assim, os hebreus tiveram que lutar para conquistar todas essas cidades ou, então, tiveram que fazer alianças com as mesmas para se estabelecerem na Terra Prometida. As famílias dos filhos de Jacó receberam cada uma um determinado território o qual teve que ser conquistado de outros povos que já viviam nele.

O santuário de Guilgal, nas proximidades de Jericó, é o local onde primeiramente se desenvolvem os principais acontecimentos da história de Josué. Em seguida, é apresentada a descrição da partilha da terra entre as famílias e, finalmente, o livro traz o último discurso de Josué e sua morte e a aliança que foi feita em Siquém. Essa aliança foi um compromisso do povo hebreu em servir somente ao Deus Vivo e não se envolver com as práticas idolátricas, exploratórias e imorais dos povos que habitavam em Canaã.

O mais importante da história de Josué é o fato de que Deus deu a Terra Prometida ao povo hebreu, mas este mesmo povo teve que conquistar a terra dada pelo Senhor. Deus deu a terra, mas não suprimiu a iniciativa e a liberdade do povo para conquistá-la. A Terra Prometida foi o fruto da promessa feita a Abraão e foi dom de Deus, mas também foi o fruto da luta e da conquista do povo hebreu. Em outras palavras, Deus dá ao ser humano tudo o que ele aspira, mas requer que cada um batalhe para conquistar tudo que deseja. Deus não quer pessoas de braços cruzados esperando que tudo caia do céu; Deus quer pessoas com braços batalhando na conquista árdua de cada dia, capazes de lidar com as vitórias e com as derrotas.

Josué foi uma pessoa que esteve muito próxima de Moisés, com quem subiu ao Monte Sinai. O hagiógrafo registra que quando Moisés entrava no tabernáculo para falar com Deus, o ainda jovem Josué dali não se afastava. Pode-se afirmar que Josué foi um filho espiritual do grande legislador, de quem sempre esteve ao lado.

Para conhecer esta história em detalhes, leia o Livro de Josué. Na próxima semana, saiba como o povo de Israel se organizou após a morte de Josué conhecendo a história dos Juízes.

Nilson Antônio da Silva

domingo, 21 de setembro de 2008

Unção dos Enfermos


A unção dos enfermos é um dos sacramentos mais maravilhosos que existem. Um Sacramento curativo e libertador, que deve ser ministrado as pessoas com doenças graves, aos idosos.

Quando eu estava fazendo catequese de Crisma, minha catequista contou que precisou se submeter a uma cirurgia séria e que procurou o padre pedindo a unção. Ela teve quatro filhos e que sempre antes de ter seus bebês se confessava. Achei aquilo maravilhoso, ela era uma católica que não tinha medo dos Sacramentos. Uma mulher espetacular.

Antigamente era conhecido como Extrema-unção, a nomenclatura foi trocada, porque era tido como um Sacramento de Morte, quando seu objetivo é completamente diverso ou seja a cura. Várias pessoas já receberam mais de uma vez.

Nem todos recebem o Sacramento da Unção dos Enfermos, muitos porque tiveram mortes rápidas, outros porque se negam a receber tal Sacramento. A crença de que o a Unção é um sacramento de morte, até hoje existe no meio de nós. Muitos acreditam que ao receber a Unção estão admitindo e aceitando que estão próximos da morte.

Deus se revela ao Homem.... O Homem busca por Deus

25° DOMINGO DO TEMPO COMUM
Toda experiência religiosa supõe dois movimentos: de Deus que se revela ao homem e do homem que busca a Deus. Para nós Cristãos, esta revelação se dá principalmente na Palavra de Deus e, de forma especial na pessoa de Cristo. Ele é a própria Palavra de Deus, é por Ele que conhecemos quem é Deus. Ele não só revelou ao homem quem é Deus, mas também ao homem quem é o próprio homem. Vivemos em um mundo relativista que tentou banir o Absoluto e que deixou no homem um vazio. A liturgia nos convida a buscarmos este Deus que a nós se revelou e fazermos d’Ele o sentido de nossas vidas.

Deus está próximo de nós e se deixa encontrar. Podemos percebe-lo na beleza e perfeição de suas criaturas, no nosso desejo de a cada dia “sermos melhores”, nos irmão e irmãs com quem convivemos. É um Deus presente que exige, como um pai exige de seus filhos, que crescem. A justiça de Deus não é a justiça dos homens. Ele não segue a lógica do sistema em que o mais
importante é levar vantagem sobre o outro. A bondade que Jesus demonstra na parábola nos desconcerta pois sua bondade ultrapassa a mesquinhez de um sistema que pauta o valor do outro pelo ter. Que a Palavra de Deus nos liberte de nossos egoísmos e nos faça reconhecer o valor e a dignidade de nossos irmãos e irmãs!

Ir. Alexandre

sábado, 20 de setembro de 2008

O combate ao vício; a luta pela virtude

Assisti hoje a uma ótima palestra do Padre Rafael Stanziona e peço licença a ele para fazer uma breve reflexão.

Nós somos capazes de mudar? De vencer nossos vícios e conquistar novas virtudes? Sozinhos, de jeito nenhum. Mas com a graça de Deus, somos capazes de tudo.

É muito bom quando conseguimos enxergar nossos defeitos - e admiti-los. Ver que somos preguiçosos, egoístas, fracos, invejosos, maldosos, sensuais. Mas não é incomum fazer da descoberta de nossos defeitos um momento de depressão e desânimo, assumindo aquela atitude de "pobre de mim, como sou fraco, mas sou assim mesmo". Acabamos assumindo a atitude dos derrotados e nos conformamos com o que somos.

Isso me lembra agora de um divertido diálogo que ouvi esta semana na série Two and a half men (Dois homens e meio). A mãe de Charlie, uma mulher terrível, que só critica os filhos, diz que faz o que faz por amor a eles, e que só quer ajudá-los a ser o melhor que puderem. Charlie responde: "Eu já sou o melhor que posso". Ela retruca: "Assim você parte meu coração".

Será que somos o melhor que podemos? É muito provável que não. Nós somos capazes de mudar. Se realmente quisermos, e se nos colocarmos nas mãos de Deus, podemos mudar. Mudar pode significar reclamar menos do trabalho, e trabalhar melhor. Pode ser beber menos. Pode ser tratar melhor as pessoas ao nosso redor. Pode ser deixar de lado o pessimismo. Pode ser aprender a controlar melhor a raiva. Pode ser superar as carências afetivas. Pode ser controlar a luxúria e a gula. Pode ser muitas coisas, dependendo de cada um.

Uma coisa muito perigosa que pode acontecer (e ocorre cada vez mais em nosso tempo) é confundir vício e virtude. Para muitos, a operosidade é coisa de empregado que quer bajular o patrão; a honestidade é coisa de tolos; a mansidão é coisa de gente passiva, enquanto a coragem é coisa de idiotas e a humildade, característica dos fracos. Precisamos conhecer bem e corretamente o que é vício e o que é virtude - e rejeitar um para abraçar o outro.

Sozinhos, nunca chegaremos a lugar nenhuma: podemos milvezes tentar melhorar, mil vezes seremos derrotados. E aí sobrevém o desânimo. Sem Deus, ninguém muda. Por outro lado, Deus não nos transforma da noite para o dia, sem contar com nosso esforço. Ele quer vontade firme, quer perserverança, quer que mostremos nosso real desejo de mudar.

Se eu desejar mudar - e perseverar nisso - e tiver Fé em Deus, eu posso mudar, eu posso ser melhor, eu posso ser renovado. E Fé em Deus não significa apenas uma confiança abstrata, significa a prática de seus ensinamentos. Significa buscar o apoio de Cristo por meuio da comunhão e a força do Espírito Santo por meio da oração.

A busca das virtudes, significa, enfim, a busca da santidade. Cada vez que formos capazes de vencer um vício estaremos dando um passo rumo ao Paraíso. E nesse caminho, só Deus pode nos conduzir.
"O que pode temer o filho nos braços do Pai?"

São Pio de Pietrelcina