segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

História da Salvação - Reis - 7ª Parte

Profeta Isaías Em Meditação

Amasias subiu ao trono de Judá aos vinte e cinco anos de idade, sucedendo seu pai Joás. O reinado de Amasias durou vinte e nove anos. Tão logo assumiu o trono, ele mandou matar todos que assassinaram seu pai. O reinado de Amasias foi marcado por uma guerra contra o reino de Edom, na qual ele saiu vitorioso. Após essa guerra, ele entrou em conflito com o reino de Israel, tendo sido vencido pelo rei Joás de Israel. Joás o levou preso para Jerusalém e tomou para si todo o ouro, prata e objetos valiosos que encontrou no templo e também no palácio real, levando tudo isso para Samaria. Amasias foi morto numa conspiração. Depois disso, seu filho Ozias o sucedeu no trono.

Ozias reinou durante cerca de cinqüenta e cinco anos e foi contemporâneo do profeta Isaías. Ele foi um grande engenheiro militar, tendo planejado e construído armas que projetavam pedras e atiravam lanças, além de construir reservatórios de água e fortificar torres. Também construiu uma cidade chamada Elate. Seu exército se tornou poderoso e famoso. Entretanto, não foi capaz de resistir a uma invasão de Teglat-Falasar e o reino de Israel acabou tendo que pagar tributos ao invasor. No fim de sua vida, Ozias foi contaminado com a lepra, que na época era uma doença incurável. Segundo as escrituras, ele quis queimar o incenso no templo, desrespeitando a lei de Moisés, segundo a qual somente os sacerdotes podiam realizar essa atividade sagrada. Por causa da doença, ele foi isolado num palácio onde morreu afastado do poder real.

Joatão foi o sucessor de Ozias. Seu reinado começou por volta de 758 a.C. e terminou por volta de 742 a.C. Ele também foi contemporâneo do profeta Isaías. Seu reinado foi marcado por obras de reconstrução tanto em Jerusalém como em outras cidades de Judá. As escrituras o consideram um bom rei, embora ele tenha sido omisso no que se refere à presença de idolatria entre o povo.

O sucessor de Joatão foi Acaz, também contemporâneo de Isaías. Acaz é considerado um rei mal, pois ele incentivou a idolatria, fechou o templo de Jerusalém e ainda sacrificou o próprio filho aos deuses pagãos. Seu reinado foi marcado por várias derrotas militares em confrontos com os reinos de Israel e de Aram. Em sua época, os filisteus reconquistaram muitos territórios na região costeira e o reino vassalo de Edom também se rebelou.

Acaz não quis acatar os conselhos do profeta Isaías e pediu proteção à Assíria. O rei assírio Teglat-Falasar foi em seu socorro e derrotou rapidamente os exércitos aliados de Israel e de Aram, ocupando em seguida a cidade de Damasco e se apoderando de vários territórios de Israel. Em seguida, os assírios transformaram todos os reinos da região em seus tributários, inclusive o reino de Judá. Segundo consta em inscrições antigas, ele foi até Damasco prestar homenagens ao rei da Assíria.

Quando Acaz faleceu, ele não foi sepultado junto com os restos mortais dos reis que o antecederam, tendo sido sepultado em outro local de Jerusalém. Este foi um fato que demonstra o quanto o povo o considerava e o que o povo de Judá pensava a respeito de seus atos enquanto ainda vivo.

As advertências de Isaías sobre a proteção da Assíria mesmo hoje em dia ressoam com uma atualidade incontestável. Naquela época, a Assíria era uma grande potência e o reino de Judá era apenas um reino pequeno. O que o profeta afirmou ao rei Acaz é que, após derrotar os reinos vizinhos de Judá, com toda certeza os assírios se voltariam contra Acaz. E foi exatamente o que aconteceu. O único interesse dos assírios era expandirem seus domínios e eles não se importavam com quem havia lhes pedido ajuda ou não.

Nilson Antônio da Silva

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