O sucessor de Acaz foi o seu filho chamado Ezequias. Quando Acaz morreu, Ezequias tinha apenas cinco anos de idade. Com isso, um regente governou até que ele atingisse a maioridade. Nesse ínterim, o rei Teglat-Falasar III também morreu e o seu sucessor foi Salmanasar V. Os assírios destruíram a coalizão entre os reinos de Israel e Aram e se puseram a conquistar a Palestina. Judá, então, teve que pagar tributo à Assíria durante vinte anos.
Ezequias começou a reinar de fato após atingir a maioridade, com vinte e cinco anos de idade, por volta do ano 715 a.C. Seu governo durou vinte e nove anos. Ele foi um homem de fé, cuja vida foi marcada pela confiança em Deus.
O reinado de Ezequias é considerado na Bíblia como um bom governo, sendo que esse rei executou uma série de reformas político-religiosas com as quais procurou reunir o povo todo em torno de um só Deus e de um só rei. O Egito e a Babilônia, interessados em estender sua influência na região, ofereceu auxílio a Judá. A Assíria, então, ameaçou invadir Judá e Ezequias voltou a pagar tributo até o ano de 705 a.C.
Algum tempo depois, uma nova tentativa de escapar do domínio da Assíria levou Senaquerib a invadir Judá. Com isso, as reformas foram interrompidas pela violenta invasão dos assírios, que conquistaram várias cidades e chegaram a cercar Jerusalém. A ajuda oferecida pelo Egito não serviu para nada e a capital só não foi conquistada pelos inimigos por causa de um acontecimento extraordinário que fez com que os exércitos assírios se retirassem.
Dentre as ações de reforma religiosa implantadas por Ezequias, destacam-se a restauração e a purificação do templo, a reintegração dos sacerdotes e levitas ao seu ministério, a restauração da celebração da Páscoa e o combate à idolatria. Contemporâneo de Isaías, Ezequias soube ouvir esse profeta. Entretanto, depois de se recuperar de uma grave enfermidade, ele cometeu um erro que lhe rendeu uma advertência por parte de Isaías. Este erro consistiu em mostrar aos mensageiros do rei da Babilônia todos os seus tesouros. O profeta, então, prevendo o futuro cativeiro dos judeus, advertiu o rei severamente.
Com a morte de Ezequias em cerca de 690 a.C., seu filho Manassés o sucedeu no trono aos doze anos de idade. O reinado de Manassés, que durou quarenta e quatro anos, foi marcado pela opressão externa da Assíria e, internamente, pela opressão por parte da corte de Jerusalém e pela exploração dos camponeses pelos ricos da cidade. Também foi marcado pela volta do paganismo com o culto aos astros, por influência dos assírios, e com a restauração do culto a Baal e a introdução de práticas de magia, adivinhação e encantamentos. Nesse ponto, ele chegou ao extremo de oferecer seus próprios filhos em sacrifício. E mais ainda, porque segundo a tradição, foi durante o governo de Manassés que o profeta Isaías foi morto por ordem do próprio rei, que mandou serrá-lo em pedaços.
O profeta Miquéias exerceu seu ministério durante a época de Manassés. Miquéias nunca se cansou de repreender o povo pelo pecado, exortando as pessoas a buscarem fazer a vontade de Deus. Manassés, contudo, não deu ouvidos às palavras do profeta.
Durante um certo período de tempo, Manassés foi levado e mantido prisioneiro pelos assírios em Babilônia. Enquanto estava preso, ele se arrependeu amargamente de seus atos e resolveu mudar suas atitudes. Quando foi libertado e, tendo retornado a Jerusalém, começou a incentivar o culto a Javé e passou a oferecer os sacrifícios corretos, tendo então mandado retirar todos os objetos de profanação que tinham sido postos no templo.
No plano político e econômico, reconstruiu as muralhas de defesa da capital e favoreceu o desenvolvimento do comércio e da agricultura. Documentos antigos mencionam-no como um fiel colaborador do rei da Assíria. Talvez por essa razão, ele tenha conseguido que os tributos pagos por Judá tenham sido bem menores do que os pagos pelos reinos vizinhos.
Contudo, Manassés é considerado como um dos piores reis de Judá, que fez o oposto do que fizera seu pai. Quando morreu, ele foi sepultado nos jardins de seu palácio, no local chamado Jardim de Oza, e não no mesmo local de seus antepassados. O seu sucessor foi seu filho, chamado Amon.
Nilson Antônio da Silva
Ezequias começou a reinar de fato após atingir a maioridade, com vinte e cinco anos de idade, por volta do ano 715 a.C. Seu governo durou vinte e nove anos. Ele foi um homem de fé, cuja vida foi marcada pela confiança em Deus.
O reinado de Ezequias é considerado na Bíblia como um bom governo, sendo que esse rei executou uma série de reformas político-religiosas com as quais procurou reunir o povo todo em torno de um só Deus e de um só rei. O Egito e a Babilônia, interessados em estender sua influência na região, ofereceu auxílio a Judá. A Assíria, então, ameaçou invadir Judá e Ezequias voltou a pagar tributo até o ano de 705 a.C.
Algum tempo depois, uma nova tentativa de escapar do domínio da Assíria levou Senaquerib a invadir Judá. Com isso, as reformas foram interrompidas pela violenta invasão dos assírios, que conquistaram várias cidades e chegaram a cercar Jerusalém. A ajuda oferecida pelo Egito não serviu para nada e a capital só não foi conquistada pelos inimigos por causa de um acontecimento extraordinário que fez com que os exércitos assírios se retirassem.
Dentre as ações de reforma religiosa implantadas por Ezequias, destacam-se a restauração e a purificação do templo, a reintegração dos sacerdotes e levitas ao seu ministério, a restauração da celebração da Páscoa e o combate à idolatria. Contemporâneo de Isaías, Ezequias soube ouvir esse profeta. Entretanto, depois de se recuperar de uma grave enfermidade, ele cometeu um erro que lhe rendeu uma advertência por parte de Isaías. Este erro consistiu em mostrar aos mensageiros do rei da Babilônia todos os seus tesouros. O profeta, então, prevendo o futuro cativeiro dos judeus, advertiu o rei severamente.
Com a morte de Ezequias em cerca de 690 a.C., seu filho Manassés o sucedeu no trono aos doze anos de idade. O reinado de Manassés, que durou quarenta e quatro anos, foi marcado pela opressão externa da Assíria e, internamente, pela opressão por parte da corte de Jerusalém e pela exploração dos camponeses pelos ricos da cidade. Também foi marcado pela volta do paganismo com o culto aos astros, por influência dos assírios, e com a restauração do culto a Baal e a introdução de práticas de magia, adivinhação e encantamentos. Nesse ponto, ele chegou ao extremo de oferecer seus próprios filhos em sacrifício. E mais ainda, porque segundo a tradição, foi durante o governo de Manassés que o profeta Isaías foi morto por ordem do próprio rei, que mandou serrá-lo em pedaços.
O profeta Miquéias exerceu seu ministério durante a época de Manassés. Miquéias nunca se cansou de repreender o povo pelo pecado, exortando as pessoas a buscarem fazer a vontade de Deus. Manassés, contudo, não deu ouvidos às palavras do profeta.
Durante um certo período de tempo, Manassés foi levado e mantido prisioneiro pelos assírios em Babilônia. Enquanto estava preso, ele se arrependeu amargamente de seus atos e resolveu mudar suas atitudes. Quando foi libertado e, tendo retornado a Jerusalém, começou a incentivar o culto a Javé e passou a oferecer os sacrifícios corretos, tendo então mandado retirar todos os objetos de profanação que tinham sido postos no templo.
No plano político e econômico, reconstruiu as muralhas de defesa da capital e favoreceu o desenvolvimento do comércio e da agricultura. Documentos antigos mencionam-no como um fiel colaborador do rei da Assíria. Talvez por essa razão, ele tenha conseguido que os tributos pagos por Judá tenham sido bem menores do que os pagos pelos reinos vizinhos.
Contudo, Manassés é considerado como um dos piores reis de Judá, que fez o oposto do que fizera seu pai. Quando morreu, ele foi sepultado nos jardins de seu palácio, no local chamado Jardim de Oza, e não no mesmo local de seus antepassados. O seu sucessor foi seu filho, chamado Amon.
Nilson Antônio da Silva
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