quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

A Figueira


O evangelista Lucas narra-nos a história contada por Jesus a respeito de um homem que plantara uma figueira em sua vinha. Passados três anos, este homem manda ao viticultor que corte a figueira, pois ela não produzira nenhum fruto até então. O viticultor, enchendo-se de compaixão e misericórdia pela figueira, pede ao dono que espere mais um ano. Então, se a figueira continuar sem produzir frutos, ele a cortará.

Não sabemos o que houve passado um ano... não sabemos se a figueira produziu algum fruto... ou se foi cortada. Mas sabemos que aquele viticultor encheu-se de amor e carinho pela figueira. Sabemos que ele quis dar mais uma chance para que ela produzisse frutos. Sabemos que ele acreditava na razão da existência daquela árvore.Ora, ele a plantara e dela cuidara desde que lançara do solo seu primeiro broto. Acompanhara os despontar de suas primeiras folhas, despejara as primeiras gotas d’água na pequenina planta. Enfim, ela nascera sob seus cuidados e, sob seu olhar de homem que entende a vida, crescera e se tornara uma árvore.

Façamos, pois, um paralelo com a nossa vida. Temos, muitas vezes, coisas bonitas e vistosas, como folhas viçosas, que enfeitam nosso viver e nos destacam no meio em que vivemos. Somos, muitas vezes, bem vistos e como a figueira que se destaca entre os ramos do pé de uva, estamos em destaque por entre as pessoas onde vivemos. Muitas vezes, por nos sentirmos diferentes e maiores, assim como a figueira entre as folhas da videira, queremos ser considerados os melhores e mais perfeitos no lugar em que vivemos.

Com tudo isso, acontece que esquecemos de produzir frutos e nos tornamos iguais à figueira, somente vistosos, mas sem produzir. Ou seja, tornamo-nos inúteis ocupantes do solo onde outros poderiam produzir muito.

O Senhor Jesus, que é misericordioso e compreensivo, espera que cada um de nós produza muitos frutos para a melhora e transformação do mundo e das pessoas com as quais convivemos. O Senhor acredita nas nossas possibilidades e nos ajuda, dando a cada um de nós o conforto e a força necessários para que produzamos frutos saborosos. Ele, o sacerdote que se apresenta diante de Deus Pai oferecendo-se a si mesmo em sacrifício pelos nossos pecados, sempre cuida com carinho de nossos corações ingratos.

Nilson Antônio da Silva

2 comentários:

Christiane Forcinito Ashlay Silva de Oliveira disse...

Nilson

Bárbaro. Que tenhamos isso sempre em mente e que disso percebemos que se nosso interior deve ser sempre alimentado com os sacramentos e uma vida espiritual constante em Cristo.

Adoro esta passagem do texto porque é como o mundo olha o próprio mundo... Você já notou isso? Pense mais a fundo....

Grande abraço e fique com Deus

Christiane

Dennys Silva-Reis disse...

Senhor alimenta-no sempre de alimento sólido. Só vivemos mediante a bondade e misericordia de Deus, poiss e um dia formos amaldiçoados e Deus tirar sua mão poderosa de cima de nós.... Não teirmos vida alguma....

"O que pode temer o filho nos braços do Pai?"

São Pio de Pietrelcina