sábado, 28 de fevereiro de 2009

Casas do Senhor XVIII: O Templo Expiatório da Sagrada Família em Barcelona

Sagrada Família - Fachada da Natividade (foto de SantiMB)
O exuberante Templo Expiatório da Sagrada Família começou a ser construído em Barcelona, na Espanha, em 1882 - e ainda não foi concluído. É considerado a obra prima do arquiteto catalão Antoni Gaudí*, que comandou a construção de 1883 até o ano de sua morte, 1926. Desde então, vários arquitetos estiveram à frente do projeto dando continuidade ao projeto original.

A expressão "templo expiatório" refere-se ao fato de a igreja estar sendo construída, desde o século XIX, apenas com doações dos fiéis. O Templo Expiatório da Sagrada Família é comumente chamado de "catedral", mas a denominação é incorreta. É outra a catedral sede da arquidiocese de Barcelona.

O projeto da Sagrada Família prevê que haverá três grandes fachadas: a da Natividade (quase completada pelo próprio Gaudí), a da Paixão (iniciada em 1952) e a da Glória, que será a principal delas e cuja construção ainda não foi iniciada. O estilo arquitetônico é classificado como modernista, embora nada no templo lembre as linhas setas ou as curvas elegantes comuns nas catedrais modernas. Pelo contrário: a construção de Gaudí é completamente inovadora. Ele procurou substituir os arcobotantes da arquitetura gótica por arcos parabólicos. As torres (ao final da construção, serão 18) têm o formato cônico, com aberturas distribuídas formando um caracol ao longo da estrutura. Quando todas estiverem construídas, as alturas vão variar de 98 a 170 metros. Há inúmeros detalhes que tornam o Templo uma das mais fabulosas construções do mundo. Veja abaixo algumas fotos desa maravilha:

Fachada da Paixão (foto de Wolfgang Staudt)




Interior do Templo (foto: divulgação)

Mais informações: site oficial (inglês)
Sobre Gaudí: Gaudi Designer
Mais fotos: no Panoramio - no Flickr.

* Foi iniciado em 1998 o processo de canonização do arquiteto Antoni Gaudí. No momento ele tem o título inicial de "Servo de Deus". Acredita-se que até o final deste ano poderá ser encerrada a primeira etapa da canonização, a verificação das virtudes cristãs. A canonização de Gaudí é controversa: há suspeitas de que ele tivesse alguma relação com a maçonaria, o que está sendo investigado.

sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

Vamos usar o Twitter!


Caros leitores, com prazer anunciamos que a partir de agora o Miles Ecclesiae também está no Twitter, a famosa comunidade de microblogging. Assim, quem tiver Twitter, ou mesmo quem não tiver, pode acompanhar nossas postagens acessando o endereço http://twitter.com/MilesEcclesiae.

Fica aqui também o convite para que todos criem suas contas no Twitter para podermos criar uma grande comunidade de twitteiros católicos. Para quem não conhece o site e não sabe o que é microblogging, uma breve explicação.

No Twitter o usuário faz pequenas postagens, de no máximo 140 caracteres (é bem curtinho) e sem imagens ou outros recursos. Então, são sempre pequenas notas, dicas de páginas, breves comentários. Mas o site permite que cada usuário decida acompanhar as postagens de quantas pessoas quiser, que são publicadas logo na página inicial de cada um. É um meio de ficar atualizado com relação ao que outras pessoas estão fazendo. A praticidade desse serviço fez com que grandes sites de notícia, como o G1, ou blogueiros como Ricardo Noblat e colunistas como Miriam Leitão passassem a publicar suas atualizações também no Twitter. A Canção Nova também está twittando. Ah, claro, também é possível fazer amigos lá.

No Brasil o Twitter ainda é uma novidade, mas nos Estados Unidos e na Europa já cresceu muito. Acredito que seria bom se os blogueiros católicos passassem a usá-lo também, afinal, é preciso evangelizar todos os ambientes. E se você se juntar à comunidade, conte para nós!

Enciclopédia sobre o cristianismo é recolhida por ser "cristã demais"


Pois é, mais um caso de censura ao Cristianismo. Nos Estados Unidos, os editores da Encyclopedia of Christian Civilization tiveram que recolher e destruir a primeira edição da obra em decorrência de protestos de uma parte dos intelectuais que participaram de sua elaboração. A alegação deles: a obra de quatro volumes era "cristã demais".

O grupo de intelectuais criticou a ênfase da enciclopédia a respeito das perseguições movidas por muçulmanos contra os cristãos e reclamaram até o uso das siglas "BC" (Before Christ, ou seja, "antes de Cristo", o nosso a.C.) e "AD" (Anno Domini, que corresponde ao nosso "depois de Cristo", d.C.). Para os intelectuais ofendidos, o correto seria usar as siglas "BCE" (Before Common Era, algo como "antes da Era Comum, que seria a nossa) e "CE" (Era Comum). Além disso, queriam que expressões como "Anticristo", "Concepção Virginal" e "Ressurreição" (!!!) fossem excluídas dos textos. Esse grupo de intelectuais também exigiu a inclusão "de material denegrindo o Cristianismo de alguma forma".

A denúncia foi feita por Edward Feser, um dos colaboradores da enciclopédia, em artigo publicado no site National Review Online. A notícia também foi divulgada pela Agência Zenit nas suas edições em inglês e espanhol e na página de Damian Thompson, blogueiro do jornal britânico Daily Telegraph.

Isso me lembrou de um antigo professor meu (aliás, excelente professor, sem ironia) que se recusava a usar as siglas a.C. e d.C. Por incrível que pareça, ele usava os sinais "+" e "-" para representar os anos. Assim, Roma não teria sido fundada em 753 a.C., mas em -753. Pena que um professor tão competente tiesse uma atitude tão estúpida. Convenhamos: usem-se ou não notações de datas com referência a Cristo, o marco que define a existência de duas eras, um "antes" e um "depois", uma data "positiva" e uma "negativa", continua sendo o mesmo: o nascimento de Cristo.

De todo modo, apagar as referência a Jesus é um meio de combatê-Lo. É por isso que os tais intelectuais se empenharam (e conseguiram!) pela modificação do texto na enciclopédia e pela destruição dos exemplares já distribuídos. Denunciemos esses absurdos.

Mártires japoneses serão tema de filme de Martin Scorcese

Scorcese é um grande diretor. Católico "à sua maneira", pelo que parece... Mas acredito que podemos esperar um grande filme, embora eu já possa imaginar os críticos falando mal do tema.

Da Rádio Vaticana:

Cidade do Vaticano, 23 fev (RV) - Os cristãos martirizados no século XVII, no Japão, serão tema do novo filme do cineasta norte-americano Martin Scorsese. O roteiro se baseia na obra ‘Chinmoku’ (Silêncio), do escritor católico japonês Shusaku Endo, que descreve a perseguição sofrida pelos primeiros cristãos japoneses, principalmente na região de Nagasaki.

O romance, escrito em 1966, narra a história de um missionário jesuíta português no Japão, no início do século XVII. Jovem e idealista, o sacerdote se estabelece Nagasaki, única região do Japão aberta, na época, aos estrangeiros. A obra descreve a severa perseguição aos cristãos, na maioria pobres camponeses que ao se converterem, entravam na clandestinidade.

O título, ‘Silêncio’, evoca o silêncio de Deus diante da cruz de Cristo, narrando a apostasia forçada dos missionários em meio a terríveis torturas. Os romances de Shusaku Endo são um reflexo de sua pesquisa sobre o cristianismo na cultura oriental e sua visão particular da fragilidade humana, do pecado e da graça.

O anúncio do filme se dá poucos meses após a canonização, em 24 de novembro passado, de 188 mártires cristãos daquela época.

Nossa religião foi proibida durante séculos no Japão. 30 mil japoneses foram perseguidos por serem cristão em meio à maioria budista e xintoísta. A evangelização católica foi iniciada com o jesuíta espanhol Francisco Xavier, em 1549. Hoje, os cristãos representam 1% da população. Destes, 450 mil são católicos.

O filme de Scorsese será rodado proximamente na Nova Zelândia, estará nas telas em 2010, e para o personagem protagonista, estão cotados os atores Daniel Day-Lewis, Gael García Bernal e Benicio Del Toro. (CM)

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

Jerusalém! Jerusalém!


Certa vez, Jesus, ao olhar a cidade de Jerusalém à distância, chora por ela e lamenta que esta não queira acolher a mensagem de paz que tantas vezes o Senhor lhe enviara. Deus sempre quis cuidar de Jerusalém, mas ela nunca compreendia e recebia o Senhor, pois fechara seus olhos, tapara seus ouvidos e endurecera seu coração à palavra de Deus. Assim, matava os profetas e apedrejava os santos que o Senhor enviava para abrir seus olhos, destapar seus ouvidos e amolecer o seu coração. E deste modo agiu até ao ponto de matar o próprio filho de Deus. Por isso tudo, Jesus chorou sobre Jerusalém e, mais ainda, chorou porque a amava e desejava que ela o escutasse e acolhesse.E hoje, não acontece a mesma coisa? Só que, em lugar de Jerusalém, não é o mundo inteiro que age da mesma forma? Não é o mundo inteiro que fechou os olhos, tapou os ouvidos e endureceu o coração à palavra de Deus?

Todos os dias, o mundo mata profetas e santos que o Senhor Deus envia para serem a sua voz e as suas mãos no meio da humanidade. Todos os dias pessoas estão morrendo por falta de cuidados físicos e espirituais; crianças inocentes e indefesas estão morrendo na mão de assassinos em clínicas abortistas com o aval de médicos, enfermeiros e pais desinformados e, o mais grave, com o possível incentivo do governo se aprovadas as leis abortistas que tramitam no Congresso Nacional. Todos os dias pessoas estão sendo mortas pela língua ferina e impiedosa de pessoas de coração duro. Todos os dias pessoas estão sendo mortas pelas atitudes omissas ou manipuladoras de quem pensa somente em si mesmo e busca apenas seu próprio bem-estar.

No entanto, sejamos realistas: da Jerusalém que matava os profetas, restaram apenas ruínas de um muro; do Império Romano que lançava cristãos às feras, não se fala nem mais a língua latina; dos nazistas que queimaram judeus em fornos restou apenas a vergonha por tais atos... e por quê? Porque Deus faz justiça aos seus santos e profetas; porque Deus não permite que o mal prevaleça sobre a sua palavra de paz; porque a morte de pessoas na miséria e no abandono, o assassinato de crianças ainda no útero e o mal causado pelo egoísmo bradam a Deus por justiça e Deus age. Deus não deixa desamparados aqueles que a Ele se entregam e constantemente ouve as súplicas de quem sofre no corpo e na alma.

Deus é bom e Deus é justo. Deus age e amolece os corações mais duros. Se um coração se recusar a acolher a palavra de Deus, o Senhor chora de dor por causa desse coração, como chorou sobre Jerusalém, mas não o força a aceitar a sua palavra, assim como não forçou Jerusalém... e dela restaram somente ruínas de um muro.

Nilson Antônio da Silva

O mundo criado para evoluir

Artigo escrito pelo cardeal arcebispo de São Paulo, Dom Odilo Scherer, em 16 de fevereiro no jornal arquidiocesano O São Paulo e reproduzido no site da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB):

O mundo criado para evoluir

Nas semanas passadas, enquanto se recordavam os 200 anos do nascimento do cientista inglês Charles Darwin, escreveu-se muito sobre a teoria da evolução por ele elaborada para explicar a origem das espécies. O aniversário fez também aparecer na opinião pública uma polêmica, sobretudo lá fora do Brasil, entre criacionismo e evolucionismo, vistas muitas vezes como opostas e excludentes.

Rapidamente, alguns usaram a teoria da evolução para negar a existência de Deus, ou para taxar de “lendas obscurantistas” as afirmações religiosas sobre Deus Criador; a evolução foi passada como a idéia luminosa com a qual tudo se explica... Outros, para defenderem um criacionismo absoluto, tentaram de todos os modos forçar os textos bíblicos a dizerem aquilo que eles não quiseram dizer. A Sagrada Escritura não é um livro de ciências, nem pretende explicar como é feito o mundo. Talvez ficou a impressão de que Darwin foi o grande mestre que deu o golpe final na fé em Deus e que a ciência, finalmente, triunfou sobre a religião e a razão, sobre a fé. Darwin nunca afirmou isso.

Será mesmo que as duas posições precisam excluir uma à outra? A resposta é um claro NÃO, não precisam excluir uma à outra. A criação não exclui a evolução, nem o contrário. A evolução é um fato evidente e não pode ser posta em dúvida; porém, se ela explica como as coisas se diferenciam e mudam, por diversos fatores, ela, contudo, não explica a origem absoluta dessas coisas. É um fato que somente evolui e se transforma aquilo que já existe. Donde, ou de quem cada ser recebeu a existência e a ordem interna para ser aquilo que é, e não outra coisa? Do nada? Do nada, nada surge, a não ser que algum agente “crie”, isto é, dê origem, tire do nada e faça existir algo. O acaso poderia ser este fator determinante? Como seria inteligente este acaso! A teoria do acaso é absurda. É melhor crer em Deus criador, isso não é absurdo.

A evolução explica “como” as coisas chegaram a ser aquilo que são, mas não explica o fato mesmo da existência das coisas, nem sua ordem interna e seu significado. Assim também a hipótese da “explosão inicial” (Big bang), para explicar a origem do universo, poderia ser apenas uma explicação parcial: é preciso explicar como passou a existir anteriormente um “algo”, que pudesse explodir; e explicar também a existência de uma lógica maravilhosa na origem do universo, que foi capaz de organizá-lo e de torná-lo a maravilha que ele é, em vez de ser o caos infinito e permanente. Decididamente, a evolução também não explica a própria existência do universo. Mas ela, como a ciência no seu todo, procura explicar “como” as coisas existem, são feitas, funcionam e interagem. E nisso não precisam estar contra a fé em Deus; nem precisa a fé em Deus negar a ciência. O verdadeiro cientista também pode ser profundamente religioso.

Neste debate, ressurge uma questão antiga: a relação entre fé e razão, entre ciência e religião. Trata-se de duas formas diversas de aproximação da realidade: a razão requer argumentos controlados por ela e convincentes para ela mesma; daí decorre o conhecimento científico moderno, que submete tudo ao seu método próprio e verifica a possibilidade de comprovar, com instrumentos que lhe são próprios, as afirmações sobre as realidades deste mundo. Aquilo que o método científico não verifica e comprova, também não pode ser afirmado pela ciência; mas seria falso concluir logo: portanto não existe. A realidade existente é maior que o método e nem tudo cabe dentro dos limites que o método científico impõe a si mesmo. De sua parte, o conhecimento pela fé faz afirmações baseando-se na revelação divina e vai além daquilo que a ciência pode controlar. A fé não é contra a ciência, mas vai além da ciência.

Em relação ao debate sobre a relação entre a fé e a razão, o papa João Paulo II escreveu uma encíclica importantíssima, chamada Fides et ratio (A fé e a razão), que seria bom retomar e ler neste momento. E o papa Bento XVI fala com frequência sobre este tema, defendendo a capacidade da razão humana para conhecer a verdade; certas tendências do pensamento moderno negam tanto o valor da fé quanto a capacidade racional do homem, caindo num ceticismo desorientador e angustiante. É importante que as duas capacidades humanas de conhecimento sejam devidamente valorizadas e não sejam contrapostas.

Não é preciso abandonar a fé em Deus criador para aceitar o fato da evolução, que faz parte da sabedoria criadora de Deus; é um dinamismo interno nas coisas, que faz com que o mundo não seja estático e morto, mas cheio de vitalidade, esperança e futuro.

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

Conheça a Igreja XIX: A Ordem Dominicana

A Ordo Fratrum Praedicatorum (O.P.) ou Ordem dos Frades Pregadores ou Ordem Dominicana, como é mais conhecida, foi fundada em 1216, na França, pelo espanhol São Domingos de Gusmão (daí o nome "dominicanos").

Em 1207, cumprindo missão que lhe havia sido conferida pelo Papa Inocêncio III, São Domingos parte para o sul da França para pregar o Evangelho. Na época, a heresia dos cátaros - influenciados por idéias gnósticas eles acreditavam na existência de dois deuses, um bom e um mal, desprezavam a matéria, eram contra o casamento e a procriação e incentivavam o suicídio - espalhava-se pela região. Trabalhou como pregador itinerante, falando aos pobres e aos ricos como nos antigos tempos dos apóstolos. Aos poucos formou-se uma comunidade ao redor de São Domingos, que fundou a nova Ordem dos Pregadores dotando-a de uma regra inspirada na Ordem Agostiniana. A ordem cresceu e novos centros foram fundados. Com centros em Paris e Bolonha, a ordem exerceu papel fundamental no desenvolvimento das universidades medievais. Durante muito tempo também ficaram a cargo dos dominicanos (e, secundariamente, dos franciscanos) os trabalhos do Tribunal do Santo Ofício, a Inquisição - que, ao contrário do que se costuma dizer, tinha apenas a tarefa de julgar as heresias, cabendo a execução das penas à autoridade civil.

Inúmeros santos são oriundos da Ordem Dominicana. Além do próprio São Domingos, podemos citar, entre outros: Santo Tomás de Aquino, Santo Alberto Magno, Santa Rosa de Lima, São Vicente Ferrer e Santa Catarina de Sena. Além disso, a ordem já deu à Igreja cinco papas: o beato Inocêncio V (1276), beato Bento XI (1303-1304), São Pio V (1556-1562), Bento XIII (1724-1730) e o papa Pio XII (1939-1958).

A vocação fundamental dos dominicanos é a pregação dos Evangelhos. À semelhança dos franciscanos, surgiu como uma ordem mendicante, voltada mais para a atuação na sociedade. Por isso, seus conventos geralmente localizam-se nas cidades.

A exemplo dos franciscanos, a Ordem dos Pregadores tem três ramos: os frades e freiras (Ordem Primeira), as irmãs (Ordem Segunda) e os leigos (Ordem Terceira). A ordem terceira é organizada em Fraternidades Leigas de São Domingos. Os frades e freiras costumam usar hábito branco com capa preta.


Para saber mais, veja:
Ordem dos Pregadores no Brasil
Site Oficial da Ordem Dominicana (em inglês, espanhol e francês)

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

Oba: prêmios!


Foi com muita alegria que ficamos sabendo que três generosos blogs nos indicaram para o prêmio "Blog de Ouro". Pedro Barros (Fé, Ciência e Etc...), Demerval Júnior (Por que não dizem a verdade?...) e Christiano Pereira (Blogocop, Versão 3.0), muito obrigado!

A descrição do prêmio:
Esse é um presente para os blogs que transmitem mensagens de amor e carinho; que sejam criativos, seja por sua originalidade em criar o visual do blog, como também ter personalidade própria.

Ao receber esse prêmio deve-se oferecê-lo a outros 10 blogs que "tem o estilo de ser"; exibir a imagem do selo do prêmio em seu blog; e avisar (por comentário) os blogs que foram indicados por você.
Os indicados são:

Grãos de Esperança - acho bonito quem expressa suas devoções pessoais.
Ecclesiae Dei - Um ótimo blog cheio de formações.
Observatório da Perseguição - vigiar sempre- o Observatório cumpre bem esse papel.
Charitas Christi Urget Nos - muito bom para estar sempre atualizado sobre as Jornadas Mundiais da Juventude
Pense Nisso - vigilante blog pró-vida do Wellington Santos
Trilha Católica - Quer conhecer e ouvir músicas católicas? Este é o lugar.
Vida na Fé - Blog da Dani - notícias e refelxões sobre fé.

Queremos também agradecer (com certo atraso... desculpem!):

- À Kenosis (In Aeternum Amor Dei), pelos selos "Este blog caiu do Céu"; "Esse blog me dá asas", "Melhores 2008" e "Este blog é do Céu";

- Ao João Batista (Ecclesiae Dei), pelo selo "Este blog é blog de Céu".

- E à Dani (Vida na Fé) e à Lelê Carabina (Horas Extremas) pelo Prêmio Dardos.

Obrigado a todos!

O Bem-Te-Vi


Nessas manhãs em que o tempo já começa a ficar mais frio, o verão vai se distanciando e as últimas chuvas caem esparsas, o sol desponta e com ele os passarinhos começam seu dia. Aqui, ainda podemos ouvir, entre os barulhos urbanos, a algazarra de pássaros na madrugada. São tantos e tão festivos que, apurando nossos ouvidos, podemos sentir a profunda perfeição da criação de Deus. Podemos perceber a harmonia com que o Senhor dispôs todas as criaturas para que, vivendo e povoando o mundo, refletissem a glória de seu poder. A grande maravilha da obra de Deus é isto: a criação inteira glorifica o nome de seu Criador simplesmente existindo da forma como o Senhor a fez. Um pássaro não tem entendimento para conhecer a Deus, mas sua vida, por sua simples e pura existência, é um contínuo ato de gratidão ao Senhor.

Costumo observar um bem-te-vi que, quase todas as manhãs, pousa sobre uma antena de televisão e canta por longos minutos. Vai cantando e, em certo momento, outro mais longe também canta. E outro mais além... Desse modo, em alguns minutos, é possível ouvir um verdadeiro coro de bem-te-vis cantando. Simplesmente cantam. E cantam maravilhosamente belo! Cantam como nenhuma tecnologia humana pode fazer igual nem ninguém pode copiar.

Jesus disse que ninguém, por mais que se preocupe, pode acrescentar um único segundo à sua vida por vontade própria. Tudo é dado por Deus e por Deus é tirado. Assim, é mais proveitoso e mais saudável que as pessoas deixem tantas preocupações inúteis que apenas dificultam suas vidas, mas que em nada é capaz de melhorá-las e muito menos aumentá-las, e passem a viver em plenitude como o Senhor as criou. Ao agir deste modo, estão fazendo como o bem-te-vi que simplesmente pousa numa antena de televisão quase todas as manhãs para cantar, fazendo o melhor que o Senhor lhe concedeu fazer.

Deus deu a cada pessoa muitos dons, os quais devem ser assumidos e vividos em plenitude. Cabe ao que sabe ensinar ao que não sabe, ao paciente escutar o que é estourado, ao compreensivo ouvir o desesperado, ao que tem ajudar o que nada possui... e assim por diante.

Deus deu ao bem-te-vi a capacidade de cantar bem. E ele canta! A cada pessoa sobre a face da terra, o Senhor deu uma infinidade de dons. E cada pessoa deve usar os dons recebidos de Deus e, com isso, dar glórias ao Criador.

Nilson Antônio da Silva

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

Menino tratado com células-tronco embrionárias desenvolve tumores

Alguns cientistas já haviam feito alertas sobre essa possibilidade, mas a maioria não quis dar atenção. Em vez de investir nas pesquisas com células tronco não-embrionárias, que vêm tendo sucesso, preferem atender a apelos ideológicos e investir numa terapia insegura. E assim, em vez de "salvar vidas", prejudicam-nas ainda mais.

Notícia da BBC Brasil:

Um menino que recebeu um tratamento à base de células-tronco embrionárias para uma rara doença genética desenvolveu tumores, despertando dúvidas sobre a segurança do tratamento.
O garoto, que hoje está com 17 anos, recebeu o tratamento pioneiro em 2001, em um hospital em Moscou.

Ele sofria de ataxia-telangiectasia - uma doença genética que ataca a região do cérebro que controla movimento e fala - e recebeu injeções de células-tronco embrionárias no cérebro e no fluido da espinha dorsal.

Quatro anos depois ele passou a se queixar de dores de cabeça e médicos do Centro Médico Sheba, em Tel Aviv, Israel, encontraram dois tumores benignos nos mesmos lugares onde haviam sido ministradas as injeções com células-tronco.

O tumor removido da espinha continha células que não poderiam ter surgido dos tecidos do próprio paciente e, segundo um artigo escrito pelos médicos Ninette Amariglio e Gideon Rechavi, do Centro Médico Sheba, na revista PLoS Medicine, ele teria crescido a partir das células-tronco recebidas no tratamento.

Ratos

Estudos realizados em ratos de laboratório deram conta do surgimento de tumores depois de injeções de células-tronco. Demonstrou-se que o risco destes tumores pode ser reduzido se as células, que têm a característica de se transformar em outras, se diferenciarem antes de injetadas.

Este, contudo, foi o primeiro exemplo documentado da ocorrência de tumores em um ser humano submetido a uma terapia com células-tronco embrionárias.

Os autores do artigo levantam a hipótese de que a própria doença do paciente pode ter permitido o surgimento dos tumores porque pacientes com ataxia-telangiectasia costumam ter um sistema imunológico debilitado.

Os autores do artigo dizem que embora o caso aponte para a necessidade de cautela na aplicação de terapia genética, "isso não implica que a pesquisa para tratamentos com células-tronco deva ser abandonada".

Amariglio e Rechavi recomendam que são necessários mais estudos para verificar a segurança desse tipo de terapia.
"O que pode temer o filho nos braços do Pai?"

São Pio de Pietrelcina