Pois é: para que os namorados atrasados possam comprar presentes de última hora, os lojistas da capital gaúcha querem obrigar seus funcionários a trabalhar num dia que é feriado nacional (por enquanto...) - e dia de guarda. Como os comerciários católicos poderão cumprir o preceito de participar das celebrações de Corpus Christi - aliás uma das mais importantes e belas festas da Igreja?
É de se lamentar ver que a ganância se sobrepõe à espiritualidade de forma tão desavergonhada. Mas não é de se surpreender. Uma polêmica como essa só existe em decorrência dos tempos tenebrosos em que vivemos, nos quais a religiosidade - em especial a religiosidade católica - deve ser relegada a um plano inferior. Tempos em que a espiritualidade deve ser vivida o mais privadamente possível, o mais rapida e brevemente possível, de modo que não atrapalhe os demais aspectos da vida. Trabalhar ou ir à missa? Em tempos melhores, que nem vão tão longe, um dilema desses sequer se colocaria. Que Deus nos ajude.
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