quinta-feira, 11 de junho de 2009

O Corpo de Cristo

No santíssimo sacramento da Eucaristia estão "contidos verdadeiramente, realmente e substancialmente o Corpo e o Sangue juntamente com a alma e a divindade de Nosso Senhor Jesus Cristo e, por conseguinte, o Cristo todo".

Com estas palavras, o Catecismo da Igreja Católica (§ 1374), fazendo eco ao Concílio de Trento, afirma uma das mais belas e importantes verdades de nossa fé: Cristo, Deus e Homem, torna-se presente por completo. Essa "presença começa no momento da consagração e dura enquanto subsistirem as espécies eucarísticas", isto é, o pão e o vinho. Em cada uma delas e por inteiro em cada uma das partes, Cristo está presente. Ele não se divide ao fracionar o pão.

Foi desta maneira única que Cristo quis permanecer visivelmente em sua Igreja. Entregando na cruz sua vida para nossa salvação, quis ainda permanecer conosco de modo que pudéssemos contemplá-lo com nossos sentidos. E esta sua presença somente podemos descobrir com fé, que Deus mesmo concede. Na pequenez do pão saído do grão de trigo e do vinho, ambos frutos da mão do homem, Jesus escolheu estar conosco. É Deus mesmo que, por sua graça, transforma o pão e o vinho no Corpo e Sangue de Cristo, quando o sacerdote, que é figura de Cristo, pronuncia as palavras "Isto é o meu corpo... isto é o meu sangue..." Desta forma, não é o homem que faz com que o pão e o vinho oferecidos se tornem o Corpo e o Sangue de Cristo, mas o próprio Cristo que faz, Ele que se ofereceu por nós na cruz. Portanto, receber dignamente o Cristo na eucaristia, deve ser para nós a maior alegria e mais honrado dom. Por tudo isto, a eucaristia é o coração da vida da Igreja e o seu ponto máximo. A celebração da eucaristia, em que Cristo derrama as graças da salvação sobre a Igreja, comporta a proclamação da Palavra de Deus, a ação de graças a Deus Pai, a consagração do pão e do vinho e a participação no banquete litúrgico pela recepção do Corpo e Sangue do Senhor.

A Eucaristia é o memorial da Páscoa de Cristo, é Cristo mesmo, sacerdote eterno da Nova Aliança, e é esse mesmo Cristo realmente presente.Sendo sacrifício, a eucaristia é oferecida em reparação dos pecados dos vivos e defuntos e também para obter de Deus benefícios temporais ou espirituais. A comunhão perdoa pecados veniais e preserva de pecados graves, uma vez que aumenta a união do comungante com o Senhor.

Nilson A. Silva

Nenhum comentário:

"O que pode temer o filho nos braços do Pai?"

São Pio de Pietrelcina