quarta-feira, 24 de dezembro de 2008

Deus É Silêncio


Muitos são os sinais que, ao longo do tempo, o Senhor nos dá mostrando a sua ação em nossa vida. Ele age de modo silencioso, sem fazer espetáculo e, por isso, precisamos aprender a como perceber os pequenos sinais de sua presença em nosso cotidiano.

Precisamos ter o coração aberto e humilde para que, assim, possamos enxergar o quanto o Senhor faz maravilhas em nossa vida. Precisamos abrir mão de nossos projetos egoístas, os quais não permitimos que sejam conduzidos pela vontade de Deus, para que possamos compreender e ver como são grandes e belas as obras que o Senhor opera em nossa vida. Somente tendo o coração voltado para Deus, é possível entender e também proclamar, como Maria, que “o Senhor fez maravilhas em mim”!

Deus é silêncio e age em silêncio. É no mais íntimo e silencioso recanto da alma que o Senhor dá a conhecer a sua vontade. Deus não fica o tempo todo trovejando do alto das nuvens a nos dizer o que deseja que façamos. Por isso, precisamos aprender a ouvir o que Ele nos diz no silêncio. Precisamos aprender a amar o silêncio da mesma forma que o Senhor ama o silêncio.

No silêncio daquela madrugada do terceiro dia, Jesus ressuscitou; no silêncio de seu coração, Maria guardou todos os acontecimentos que se passaram com ela e com o Senhor; no silêncio do deserto, os profetas escutaram a palavra de Deus; no silêncio das prisões, os mártires entregaram suas vidas nas mãos de Cristo; no silêncio do mundo, os santos se puseram nas mãos de Deus e nele depositaram sua confiança.

A presença de Deus se faz nos corações que buscam a paz e a harmonia, a tranqüilidade e o silêncio. A ação de Deus se manifesta nas pessoas que promovem a paz e espalham o perdão. A obra de Deus inunda e transforma o mundo quando as pessoas percebem e colaboram com o Senhor em seu agir silencioso e onipotente.

Nilson Antônio da Silva

segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

História da Salvação - Profeta Eliseu


O nome desse profeta que foi discípulo de Elias significa “meu Deus é salvação” em hebraico. Sua atividade profética foi exercida em Israel durante os reinados de Ocozias, Jorão, Jeú e Joacaz. Ele era filho de Safat e vivia em Abel-Meolá, onde Elias o encontrou e o ungiu conforme o Senhor ordenara. Então, ele passou a acompanhar Elias até quando este foi arrebatado ao céu.

Após ter recebido o espírito profético, ou seja, o dom da profecia, começou a profetizar em Israel, realizando muitos atos miraculosos. As Escrituras relatam cerca de vinte milagres realizados por Eliseu, que vão desde a ressurreição de um menino até ao aumento do azeite de uma pobre viúva. Um dos mais conhecidos, senão o mais importante, é o que trata da cura do sírio Naamã, que era general do rei da Síria. Aquele homem, de elevada posição social, havia sido contaminado pela lepra. Naqueles tempos, a lepra era uma doença incurável, a qual excluía a pessoa completamente do convívio social. Naamã, então, ouviu falar a respeito de Eliseu e foi até ele, suplicando-lhe que fosse curado. Eliseu, então, manda que ele se banhe nas águas do rio Jordão. Ao sair do banho, Naamã estava curado. Ele agradece ao profeta e retorna para a sua terra, levando consigo uma porção de terra do solo israelita e afirmando que daquela hora em diante serviria somente ao Deus dos hebreus.

Eliseu exerceu sua atividade durante mais de sessenta anos. Assim, ele acompanhou de perto a sucessão de vários reis e presenciou muitas guerras, invasões e fomes que assolaram Israel. O rei Jeú foi ungido por Eliseu, o qual o apoiou em sua determinação de acabar com o culto pagão ao deus Baal.

Ao longo dos tempos, foram surgindo muitas histórias, lendas e fatos admiráveis em torno da figura de Eliseu, as quais demonstram o quanto ele foi um profeta querido entre o povo. Mais ainda, demonstram o quão grande era sua determinação em servir a Deus e levar o povo a também servir ao Senhor. Ele, desde quando começou a acompanhar Elias, foi um homem cheio de fé e confiança em Javé, a quem dedicou todo o amor com total e absoluta entrega.

Na época em que Joás era o rei de Israel, Eliseu adoeceu e morreu já em idade avançada. Antes de sua morte, Joás foi visitá-lo e lamentou que grande perda seria para Israel a morte do profeta.

Nilson Antônio da Silva

sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

A noite mais importante da História


Naquela noite, uma estrela enorme, fulgurante, maravilhosa, brilhou sobre a Terra. Povos de todo o mundo a viram, pois ela brilhou ainda por muitas noites. Ela chamou a atenção dos reis e dos sábios, dos pequeninos e dos humildes. Aquela estrela brilhou, majestosa, para anunciar o acontecimento mais importante da História. Para anunciar que o dia mais esperado de todos os tempos, o dia prometido pelo qual o Povo Escolhido esperava havia milênios, havia chegado. Não foi apenas a estrela brilhante que anunciou esse dia. Anjos cantaram no Céu para comemorar: "Hosana nas alturas! Bendito O que vem em nome do Senhor!" O Filho de Deus acabava de nascer.

Você já parou para pensar em como esse acontecimento é maravilhoso e cheio de significados?

Ao nascer como homem, como pequena e frágil criança, Deus fez-se carne. Deus, na pessoa do Filho, assumiu a forma da sua criatura. Deus escolheu viver entre nós, como nós, padecendo as mesmas sofrimentos, compartilhando as mesmas alegrias. Deus decidiu sentir frio, calor, medo, dor, mas também o carinho de uma família, o calor da amizade, o prazer do sorriso. Ora, somente um gesto pode demonstrar mais amor do que esse de nascer como nós e viver junto de nós: morrer por nós, um milagre que ocorreu pouco mais de trinta anos depois dessa noite.

Pense no assombro dos pastores quando foram surpreendidos no meio da noite por uma multidão de anjos. E em sua alegria, logo em seguida, de poder estar – os primeiros do mundo inteiro – diante de Deus feito homem. Pense nos reis magos, que estavam acostumados com todo luxo e toda pompa, que haviam procurado Deus durante a vida inteira e foram encontrá-Lo envolto em trapos, pequenino, numa estrebaria. Pense em Maria e José, que tinham diante de si a responsabilidade infinita, a honra e o prazer únicos de serem os pais terrenos de Deus.

Ao nascer em meio à simplicidade, longe do conforto, cercado de pessoas simples, Jesus também dá um recado. Os homens costumam valorizar o status, o poder, as aparências. Deus ignora essas coisas. Os pobres pastores judeus e os ricos Magos da Pérsia o encontram. É o sinal de que Ele veio para todos os homens e para todas as mulheres, de todos os lugares.

Os significados do Natal são tão gigantescos e surpreendentes que não é possível falar de todos num pequeno texto. Apenas temos que lembrar que é a noite mais importante de todos os tempos e sua importância é essa: é a noite em que Jesus Cristo, o Filho de Deus, nasceu entre os homens. É o dia em que começa uma longa caminhada que culminará com a Ressurreição, com a vitória sobre a morte. É por isso que, na época do Natal, as pessoas ficam mais solidárias, mais abertas ao amor. Ora, foi nesse dia que o Amor se fez carne.

É por isso também que é importante valorizar o real significado do Natal. Papai Noel, presentes, decoração natalina, ceia. Essas coisas todas são boas, mas não são o essencial. O que importa é celebrar o nascimento de Jesus, o que importa é nos oferecermos a Ele, é saudá-lo e honrar o seu nascimento mudando os nossos corações, buscando verdadeiramente a santidade. De nada adianta fazer uma grande festa se ainda nos prendemos ao pecado. De nada adianta entoar cânticos se não mudarmos de vida, se não buscarmos seguir o caminho que Jesus nos aponta. Devemos deixar Cristo nascer em nós, para que possamos renascer com Ele. Isso sim, é Natal.

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quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

Jingle Bells

Jingle Bells é outra popularíssima canção natalina. Foi escrita pelo americano James Lord Pierpont em 1857.

O mais curioso sobre essa canção é que originalmente ela não é natalina. É uma canção de inverno - sua letra em inglês fala de como é divertido passear de trenó sobre a neve. Como no hemisfério Norte o Natal coincide com o inverno, Jingle Bells acabou se tornando uma canção natalina. Isso, na língua inglesa.

Já na língua portuguesa, a versão Bate o Sino é tem uma letra mais adequada ao espírito natalino verdadeiro, enaltecendo a oração e pedindo as bênçãos do Menino Jesus.

Bate o Sino

Bate o sino, pequenino,
sino de Belém,
Já nasceu o Deus Menino
Para o nosso bem.

Paz na Terra pede o sino
alegre a cantar
Abençoe, Deus menino,
este nosso lar.

Hoje a noite é bela;
juntos eu e ela,
vamos à capela
felizes a rezar.

Ao soar o sino,
sino pequenino,
vai o Deus Menino
nos abençoar.


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quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

Papa pede a cristãos quem montem presépio em casa

Do Zenit:

CIDADE DO VATICANO, quarta-feira, 17 de dezembro de 2008 (ZENIT.org).- Bento XVI sublinhou a importância do presépio como símbolo do Natal nos lares, durante as saudações nas diversas línguas aos peregrinos reunidos na Sala Paulo VI para a audiência geral.

Após uma linda catequese, na qual explicou o sentido profundo do Natal, o Papa se dirigiu aos peregrinos de língua italiana e lhes explicou a importância deste tradicional símbolo natalino nos lares cristãos.

«Imagino que em vossas casas estarão terminando de preparar o presépio, que constitui uma sugestiva representação do mistério do Natal de Cristo», disse o Papa aos presentes.

Trata-se de «um elemento muito importante, não só da nossa fé, mas também da arte e da cultura cristãs», assegurou.

O bispo de Roma expressou seu desejo de que a tradição do presépio «continue fazendo parte desta grande solenidade: no fundo, é uma simples e eloqüente forma de recordar Jesus, que, fazendo-se homem, veio habitar no meio de nós».

«Com o presépio, Ele realmente está no meio de nós», acrescentou.

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Noite Feliz



Noite Feliz é certamente uma das mais populares canções natalinas em todo o mundo. Há versões em praticamente todas as línguas. A versão original é austríaca, escrita em alemão. O autor da letra foi o padre católico Joseph Mohr, que a escreveu em 1816, aos 24 anos de idade. Já a melodia tem como autor o compositor Franz Xaver Gruber. O título original é Stille Nacht, heilige Nacht.

O primeiro registro de uma execução pública da canção data do dia 24 de dezembro de 1818 (há 190 anos), na igreja de São Nicolau na cidade de Oberndorf. Uma inovação é que Noite Feliz foi composta para ser cantada com acompanhamento de cordas e não de órgão, que era mais comum à época. Há lendas de que isso ocorreu simplesmente porque o órgão da igreja estava estragado, mas não há certeza quanto a essa informação.

A igreja de São Nicolau foi demolida, mas atualmente no mesmo lugar existe uma pequena capela chamada Stille-Nacht-Gedächtniskapelle (Capela Memorial Noite Feliz) e um museu alusivo à canção.

As inúmeras versões da canção austríaca não são absolutamente fiéis à letra original. Stille Nacht tem 30 versos distribuídos em seis estrofes. Já a versão em inglês, Silent Night, e a versão brasileira têm 18 versos em 3 estrofes. Curiosamente há outra versão em português de Portugal, substancialmente diferente, chamada Noite de Paz.

Para saber mais sobre a história da canção, clique aqui (em inglês).
Ouça a versão original em alemão aqui.
Ouça a versão em inglês aqui (by The Corrs).
Para ver traduções em várias línguas, clique aqui.

Noite Feliz

Noite feliz, noite feliz
Oh, Senhor, Deus de amor
Pobrezinho nasceu em Belém
Eis na lapa Jesus, nosso bem
Dorme em paz, ó Jesus
Dorme em paz, ó Jesus

Noite feliz, noite feliz
Oh, Jesus, Deus da luz
Quão afável é teu coração
Que quiseste nascer nosso irmão
E a nós todos salvar
E a nós todos salvar

Noite feliz, noite feliz
Eis que no ar vem cantar
Aos pastores, os anjos do céu
Anunciando a chegada de Deus
De Jesus Salvador
De Jesus Salvador

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Assim Quis O Senhor


Muitas e muitas vezes, no decorrer de nossa vida, a esperança parece ter nos abandonado e nos largado na mais fria e desoladora solidão. Os dias se tornam frios e as noites intermináveis. Todas as pessoas de nossa convivência parecem distantes e incapazes de nos acolher e compreender. O coração sente a dor de tudo isso e a alma se encolhe no mais profundo de nosso ser, buscando aí segurança e apoio. Momentos assim todos os seres humanos experimentam, sem exceção e sem diferenças. O próprio Senhor Jesus experimentou esta dor no Jardim do Getsêmani. Maria também passou pela dor de abandono e solidão aos pés da cruz e, ainda, todos os santos e santas experimentaram momentos de intenso sofrimento interior. Esses momentos fazem parte da natureza humana e não há como fugir deles ou enganá-los. Diante desses momentos, podemos nos revoltar contra tudo e acusarmos Deus de tê-los causado ou, então, podemos aceitá-los e vivenciá-los confiando que Deus nunca nos abandonará. É uma escolha. Difícil, mas é uma escolha.

Contudo, o mais importante é compreender que tudo que acontece em nossa vida é porque o Senhor permite que aconteça. Nada que acontece no mundo se faz sem a permissão de Deus. Deus criou o mundo bom e tudo que existe é bom porque Deus o fez bom. Ora, a dor e o sofrimento não foram criados por Deus, mas existem devido à desordem causada pela própria vontade do ser humano.Precisamos entender que tudo que acontece em nossa vida, seja bom ou não, é porque assim quis o Senhor.

Precisamos aprender a confiar na vontade de Deus, que dispõe todas as coisas da maneira certa, mesmo que não consigamos compreender o porquê. Temos que esquecer nossa mania de querer achar explicação para tudo. Temos que aprender a guardar todas as coisas no mais íntimo de nosso coração, do mesmo modo como Maria fez. Ela se entregou à vontade de Deus e confiou plenamente Nele. E todos nós devemos fazer como ela fez. Precisamos nos entregar à vontade de Deus e confiarmos que Ele tudo dispõe para, de algum modo que talvez nunca entendamos, alcançarmos a vida eterna.

A partir do momento que conseguimos entender que tudo que Deus faz é bom e que nós, com nossas próprias forças, somos incapazes de superar a dor e aceitamos que somente o Senhor pode curar todo o sofrimento de nossa alma, então estamos nos colocando no caminho de Jesus. Passamos a confiar na onipotência de Deus e aceitamos nossa insignificância de ser humano. E, com isso, o Senhor estende sua mão e nos ampara, para nos arrancar de nossa frágil humildade e encher nosso coração com seu amor e sua ternura.

Deus quer que sejamos felizes! Esta é a maior verdade que há e Deus comprovou isto ao entregar seu Filho à cruz somente para que pudéssemos voltar aos seus braços e viver em sua graça.

Nilson Antônio da Silva

segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

História da Salvação - Reis - 4ª Parte

Jéu servindo ao rei Salmanasar
Jeú reinou durante vinte e oito anos em Israel, tendo seu reinado começado em 842 a.C. Ele era um dos generais do então rei Jorão e subiu ao trono após tê-lo assassinado. Durante seu reinado, ele enfrentou o rei Ben-Hadad II da Síria e também o seu sucessor Hazael. Além disso, ele teve que pagar tributos ao rei Salmanasar III, que invadira a Palestina. O reinado de Jeú foi marcado por um cruento banho de sangue. Ele buscou exterminar todos aqueles que tinham ligação com a família de Acab e com o culto a Baal. Também destruiu o templo de Baal e fez desaparecer de Israel o culto a esse deus pagão. Entretanto, ainda manteve os bezerros de ouro em Dã e em Betel.

Javé não quer nenhum tipo de idolatria e nem de opressão. Aos homens, contudo, cabe “a difícil tarefa de escolher os meios para realizar a vontade divina.” Esses meios, muitas vezes, desafiam a nossa compreensão e questionamos a vontade de Deus. Deus é amor; então, por quê tanta violência? Sete longos séculos se passariam até que Jesus viesse àquela mesma terra para mostrar aos seres humanos como Deus é o verdadeiro e mais puro amor. Mais ainda, que Ele não quer a morte, mas tão somente a vida, que é dada por Ele em abundância.

O sucessor de Jeú foi seu filho Joacaz, que reinou cerca de dezesseis anos. Joacaz foi obrigado por Hazael, rei da Síria, a reduzir drasticamente o seu exército. Com a morte de Joacaz, seu filho Joás subiu ao trono em 805 a.C. e reinou durante quinze anos. Joás derrotou Hazael, rei da Síria, três vezes.

Após a morte de Joás, seu filho subiu ao trono com o nome de Jeroboão II, que reinou durante quarenta e um anos. Seu reinado foi marcado por guerras de reconquista, nas quais foi restaurado todo o território deste Hamat até ao Mar Morto.

No reino de Judá, a sucessão de reis também foi marcada por guerras e mortes violentas. Com a morte de Ocozias, Atalia, sua mãe, mandou matar todos os possíveis herdeiros ao trono e assumiu o poder durante seis anos. Ela não foi uma rainha, mas uma regente. Seu governo foi marcado pela promoção ao culto a Baal, o que custou-lhe o ódio tanto do povo quanto dos sacerdotes. Em vingança contra a execução da família de Acab, Atalia mandou executar todos os membros da casa de Davi. Entretanto, o sumo sacerdote Joiada criara escondido no templo de Jerusalém o filho de Ocozias, herdeiro do trono, que lhe fora entregue por Joseba com a idade de um ano. Joseba também era filha de Jorão. O nome do menino era Joás. Quando Joás completou sete anos de idade, Joiada o coroou rei dentro do templo com a proteção e o apoio da guarda real. Ao saber disso, Atalia foi ao templo para impedir a rebelião, mas acabou sendo executada junto aos portões por ordem de Joiada. Após isso, foram destruídos o templo e o altar dedicados a Baal.

Joás de Judá reinou durante quarenta anos em Jerusalém. Ele reformou o templo de Jerusalém e, enquanto governava, o rei Hazael da Síria conquistou Gat e se dirigiu a Jerusalém. Antes que ele atacasse a cidade, Joás entregou-lhe os tesouros do palácio e os tesouros do templo e este, então, retirou-se da capital de Judá.

Nilson Antônio da Silva

sábado, 13 de dezembro de 2008

Carta ao diretor da Playboy México

Diante da horrível blasfêmia cometida pela revista Playboy México na sua edição de setembro, que foi divulgada pela imprensa brasileira, eu e um amigo decidimos encaminhar uma carta de protesto ao diretor da revista, Gabriel Bauducco. Para quem não sabe, o principal ensaio da revista mostra uma mulher nua caracterizada como Nossa Senhora. A imagem está, inclusive, na capa, com a chamada "Te adoramos, Maria".

Acho que precisamos todos reagir a essa ofensa a Nossa Mãe.

O endereço e e-mail para o qual mandamos o texto é: gabriel.bauducco@lyrsa.com.mx

Segue o texto. Primeiro em português e depois em espanhol (língua em que mandamos a carta):

Estimado senhor diretor da Playboy México,

Foi com grande consternação que eu soube, por meio de reportagens da imprensa brasileira, que a revista Playboy México produziu, na edição do mês de dezembro de 2008, ensaio fotográfico em que uma modelo é apresentada nua, mas caracterizada como Nossa Senhora, a Virgem Maria. Soube também que os textos que acompanham o ensaio buscam reforçar ainda mais essa identificação.

Manifesto meus protestos veementes contra essa atitude extremamente desrespeitosa e de abjeto mau gosto.

Se é inviolável a liberdade de expressão – e é –, ela também tem limites, como a própria Constituição do México explicita em seu artigo 70: “Es inviolable la libertad de escribir y publicar escritos sobre cualquiera materia. Ninguna ley ni autoridad puede establecer la previa censura, ni exigir fianza a los autores o impresores, ni coartar la libertad de imprenta, que no tiene más límites que el respeto a la vida privada, a la moral y a la paz pública. En ningún caso podrá secuestrarse la imprenta como instrumento del delito.

A constituição de seu país também garante a todos, em seu artigo 24, a liberdade religiosa, que só existe de fato quando há respeito às crenças de todos e de cada um.

Utilizar símbolos e imagens religiosas em contexto erótico (para dizer o mínimo), como fez a revista Playboy, ultrapassa claramente o limite da moral e configura um profundo desrespeito às crenças alheias.

Espanta que ensaio tão deplorável tenha sido produzido num dos países mais religiosos do mundo, onde há maior culto por Nossa Senhora, tão lamentavelmente ofendida por sua revista. Também causa tristeza o fato de a matéria ter sido publicada justamente no período que antecede o Natal. Não posso pensar em outra explicação a não ser a intenção explícita de chocar e ofender.

A ofensa cometida foi de tamanha proporção que ultrapassa os limites das nacionalidades. Católicos do mundo inteiro se sentiram ultrajados com a foto da capa.

A revista Playboy México deve um pedido de desculpas a todos nós. Mais que isso: a edição de dezembro deveria ser retirada de circulação, em sinal de respeito aos milhões de católicos do México e de todo o mundo. Espero também que esse tipo de ofensa não volte a se repetir.

Agora, em espanhol:

Estimado señor director de Playboy México,

Con gran consternación supe, por reportajes de la prensa brasileña, que la revista Playboy México ha hecho, en la edición de diciembre 2008, fotografías en las que una modelo desnuda está caracterizada como la Virgen María. Supe también que los textos que acompañan las fotos sostienen aún más esa identificación.

Por eso, debo manifestar mis enérgicas protestas contra tal actitud que falta con el respeto frente a tantas personas.

Si la libertad de expresión es inviolable – y así lo es, ella también tiene límites, como la propia Constitución de México, en el artículo 70, afirma: “Es inviolable la libertad de escribir y publicar escritos sobre cualquiera materia. Ninguna ley ni autoridad puede establecer la previa censura, ni exigir fianza a los autores o impresores, ni coartar la libertad de imprenta, que no tiene más límites que el respeto a la vida privada, a la moral y a la paz pública. En ningún caso podrá secuestrarse la imprenta como instrumento del delito.

La constitución mexicana también se la garante a todos, en el artículo 24, la libertad religiosa, que solamente existe efectivamente cuando hay respeto a las creencias de todos y de cada uno.

Utilizar símbolos e imágenes religiosas en un contexto erótico, como la revista Playboy hizo, lo pasa claramente el límite de la moral y demuestra una profunda falta de respeto a las creencias alheñas.

También es espantoso creer que tan deplorable ensayo fotográfico se produjo en un de los países más religiosos de todo el mundo, en el que hay un culto más grande por la Virgen María. Es triste veer que se publicó esta reportaje justo cerca de la Navidad. Esta proximidad con la fiesta permite creer que la intención explícita fue la de chocar y ofender.

La ofensa cometida por la revista fue da tamaña proporción que sobrepasa los límites de nacionalidades. Católicos de todo el mundo se sintieron ultrajados con la foto de capa de la revista.

Playboy México debe a nosotros un pedido de disculpas. Nadie puede arrogar el derecho la libertad de expresión para molestar los demás en su creencia. Un señal de cordialidad y respeto de la revista frente a los millones de católicos de México y de todo mundo sería sacar de circulación la edición de diciembre.

Espero, con sinceridad, que eso no vuelva a ocurrir.

Jesus nasceu mesmo num dia 25 de dezembro

O texto não é recente, mas é muito interesante. Nele o famoso jornalista italiano Vittorio Messori, do Corriere della Sera, defende que é perfeitamente razoável que Jesus tenha realmente nascido num dia 25 de dezembro. Para quem não sabe, essa data é muito controversa. Tem-se conhecimento de que era, nos tempos do Império Romano, a data de uma festa pagã de um deus identificado com o sol. Para alguns estudiosos, foi por isso que a Igreja escolheu o 25 de dezembro como data do Natal: para combater o paganismo. Aliás, em nenhum momento os Evangelhos revelam a data exata do nascimento de Cristo. Por isso muita gente defende que pode ter sido em qualquer um dos 365 dias do ano...

Mas Vittorio Messori tem uma argumentação muito boa contra essa idéia. Vejam abaixo:

JESUS NASCEU MESMO NUM DIA 25 DE DEZEMBRO...

Texto originalmente publicado pelo jornal Corriere della Sera em 9 de julho de 2003
Reproduzido pelo site Veritatis Splendor

Citação:
MESSORI, Vittorio. Apostolado Veritatis Splendor: JESUS NASCEU MESMO NUM DIA 25 DE DEZEMBRO.... Disponível em http://www.veritatis.com.br/article/4698. Desde 03/12/2008.

Devo corrigir um erro que cometi. Aconteceu que num momento de mau humor, desejei – precisamente num meu artigo – que a Igreja se decidisse a fazer uma alteração no calendário: que transferisse para o dia 15 de Agosto aquilo que celebra no dia 25 de Dezembro. Um Natal no deserto estivo – argumentava eu – libertar-nos-ia das insuportáveis iluminações, dos enjoativos trenós com renas e Pais Natais, e até da obrigação de mandar cartões de Boas Festas e prendas. De facto, quando todos estão fora, quando as cidades estão vazias, a quem – e para onde – mandar cartões de Boas Festas e embrulhos enfeitados de fitas e laçarotes? Não são os próprios Bispos que trovejam contra aquela espécie de orgia consumista a que se reduziram as nossas Festas de Natal? Então, “fintemos” os comerciantes: passemos tudo para o dia 15 de Agosto. A coisa – observava eu – não parece ser impossível: de facto, não foi a necessidade histórica, mas sim a Igreja a escolher o dia 25 de Dezembro para contrastar e substituir as festas pagãs nos dias do solstício de Inverno: colocar o nascimento do Cristo em lugar do renascimento do Sol Invictus. No início houve, portanto, uma decisão pastoral, mas esta pode ser mudada, consoante as necessidades.

Era uma provocação, obviamente, mas que se baseava naquilo que é (ou, melhor, que era) pacificamente aceite por todos os estudiosos: a colocação litúrgica do Natal é uma escolha arbitrária, sem ligação com a data do nascimento de Jesus, a qual ninguém estaria em condições de poder determinar. Ora bem, parece que os especialistas se enganaram mesmo; e eu, obviamente, com eles. Na realidade, hoje - graças também aos documentos de Qumran* - estamos em condições de poder estabelecê-lo com precisão: Jesus nasceu mesmo num dia 25 de Dezembro. Uma descoberta extraordinária a sério e que não pode ser alvo de suspeitas de fins apologéticos cristãos, dado que a devemos a um docente judeu, da Universidade Hebraica de Jerusalém.

Procuremos compreender o mecanismo, que é complexo, mas fascinante. Se Jesus nasceu a 25 de Dezembro, a sua concepção virginal ocorreu, obviamente 9 meses antes. E, com efeito, os calendários cristãos colocam no dia 25 de Março a Anunciação do Anjo S. Gabriel a Maria. Mas sabemos pelo próprio Evangelho de S. Lucas que, precisamente seis meses antes, tinha sido concebido por Isabel, João, o precursor, que será chamado o Baptista. A Igreja Católica não tem uma festa litúrgica para esta concepção, mas a Igreja do Oriente celebra-a solenemente entre os dias 23 e 25 de Setembro; ou seja, seis meses antes da Anunciação a Maria. Uma lógica sucessão de datas, mas baseada em tradições não verificáveis, não em acontecimentos localizáveis no tempo. Assim acreditávamos todos nós, até há pouquíssimo tempo. Mas, na realidade, parece mesmo que não é assim.

De facto, é precisamente da concepção do Baptista que devemos partir. O Evangelho de S. Lucas abre-se com a história do velho casal, Zacarias e Isabel, já resignado à esterilidade – considerada uma das piores desgraças em Israel. Zacarias pertencia à casta sacerdotal e, um dia, em que estava de serviço no Templo de Jerusalém, teve a visão de Gabriel (o mesmo anjo que aparecerá seis meses mais tarde a Maria, em Nazaré), o qual lhe anunciou que, não obstante a idade avançada, ele e a mulher iriam ter um filho. Deviam dar-lhe o nome de João e ele seria grande «diante do Senhor».

Lucas teve o cuidado de precisar que Zacarias pertencia à classe sacerdotal de Abias e que quando teve a aparição «desempenhava as funções sacerdotais no turno da sua classe». Com efeito, no antigo Israel, os que pertenciam à casta sacerdotal estavam divididos em 24 classes, as quais, alternando-se segundo uma ordem fixa e imutável, deviam prestar o serviço litúrgico no Templo, por uma semana, duas vezes por ano. Já se sabia que a classe de Zacarias - a classe de Abias - era a oitava no elenco oficial. Mas quando é que ocorriam os seus turnos de serviço? Ninguém o sabia. Ora bem, o enigma foi desvendado pelo professor Shemarjahu Talmon, docente na Universidade Hebraica de Jerusalém, utilizando investigações desenvolvidas também por outros especialistas e trabalhando, sobretudo, com textos encontrados na Biblioteca essena de Qumran. O estudioso conseguiu precisar em que ordem cronológica se sucediam as 24 classes sacerdotais. A de Abias prestava serviço litúrgico no Templo duas vezes por ano, tal como as outras, e uma das vezes era na última semana de Setembro. Portanto, era verosímil a tradição dos cristãos orientais que coloca entre os dias 23 e 25 de Setembro o anúncio a Zacarias. Mas esta verosimilhança aproximou-se da certeza porque os estudiosos, estimulados pela descoberta do Professor Talmon, reconstruíram a “fileira” daquela tradição, chegando à conclusão que esta provinha directamente da Igreja primitiva, judaico-cristã, de Jerusalém. Esta memória das Igrejas do Oriente é tão firme quanto antiga, tal como se confirma em muitos outros casos.

Eis, portanto, como aquilo que parecia mítico assume, improvisamente, uma nova verosimilhança - Uma cadeia de acontecimentos que se estende ao longo de 15 meses: em Setembro o anúncio a Zacarias e no dia seguinte a concepção de João; seis meses depois, em Março, o anúncio a Maria; três meses depois, em Junho, o nascimento de João; seis meses depois, o nascimento de Jesus. Com este último acontecimento, chegamos precisamente ao dia 25 de Dezembro; dia que não foi, portanto, fixado ao acaso.

Sim, parece que festejar o Natal no dia 15 de Agosto é coisa não se pode mesmo propor. Corrijo, portanto, o meu erro, mas, mais que humilhado, sinto-me emocionado: depois de tantos séculos de investigação encarniçada, os Evangelhos não deixam realmente de nos reservar surpresas. Parecem detalhes aparentemente inúteis (o que é que importava se Zacarias pertencia à classe sacerdotal de Abias ou não? Nenhum exegeta prestava atenção a isto) mas que mostram, de improviso, a sua razão de ser, o seu carácter de sinais duma verdade escondida mas precisa. Não obstante tudo, a aventura cristã continua.

[tradução realizada por pensaBEM.net]

Nota:
* Os manuscritos de Qumran foram descobertos em 1947, perto das margens do Mar Morto, na localidade de Qumran, localidade onde a seita hebraica dos Essénios tinha nos tempos de Jesus a sua sede principal. Os manuscritos foram encontrados em ânforas, provavelmente escondidos pelos monges da seita, quando tiveram de fugir dos romanos provavelmente entre 66 e 70 d. C. Aqueles pergaminhos deram-nos os textos de quase todos os livros da Bíblia copiados de dois a um século antes de Jesus e perfeitamente coincidentes com os que são usados hoje pelos hebreus e pelos cristãos(cfr. Hipóteses sobre Jesus, Porto, Edições Salesianas, 1987, p. 101).

Angels we have heard on high

Preparemo-nos para o nascimento do Menino Deus

Adeste Fideles

O verdadeiro Natal

Devoção de Natal

O Garoto do Tambor

É o Natal que se aproxima

Ajude a Salvar o Natal

"O que pode temer o filho nos braços do Pai?"

São Pio de Pietrelcina