terça-feira, 21 de abril de 2009

É isso aí, Miss California!


Mais uma desses esquisitíssimos tempos em que vivemos: Carrie Prejean, a concorrente californiana no concurso Miss America 2009, se viu numa inesperada polêmica neste fim de semana. No dia do concurso, sorteou o jurado Perez Hilton (qualquer semelhança com o nome de outra celebridade não é coincidência), um blogueiro gay americano, para lhe fazer uma pergunta. Como assédio moral pouco é bobagem, ele logo perguntou à candidata o que ela achava do casamento entre pessoas dos mesmo sexo. Ela respondeu:

- Eu acredito que um casamento deveria acontecer entre um homem e uma mulher.

O blogayro fez uma carinha de muxoxo e mais tarde se disse "arrasado" com a resposta. Carrie Prejean ficou em segundo lugar no concurso - e agora paira no ar a suspeita de que ela teria ficado em primeiro, não fosse sua resposta politicamente incorreta.

Depois do concurso, conta-nos O Globo, o co-diretor do Miss California disse que estava "pessoalmente triste e atingido" (hum...) pelos comentários da miss.

Já a matéria do G1 sobre o assunto é inacreditável. Após narrar o caso, o site, que pertence à Globo, me sai com essa:

"Em março passado, Dayana Mendonza, a miss Universo, visitou juntamente com a então Miss EUA Crystle Stewart a base de Guantánamo, em Cuba, e após ter visitado praias e a prisão que os americanos mantêm na ilha, disse que se “divertiu muuuuito”. Tudo para engrossar a lista de gafes e/ou possíveis crimes cometidos por vencedoras de concurso de beleza."

Ou seja, mudou de assunto completamente, falando de gafes (ou "crimes") cometidos por outras misses. O que o G1 quis dizer? Que Carrie Prejean, a miss California, cometeu uma gafe? Ou quem sabe, um crime?

A pobre miss está apanhando no Estados Unidos agora - Perez a chama de nomes bem feios em seu blog só por causa de sua opinião e diz que subiria ao palco e lhe tomaria a coroa se ela ganhasse (que democrata, não?). Todo o stablishment midiático (lá como cá, infelizmente) apoia incondicionalmente toda e qualquer causa gay. Pelo menos ela tem o apoio da ampla maioria da população americana, que é contra o casamento gay (a mídia finge que não vê isso, é claro) - e, é claro, está do lado certo. Em entrevista ontem, disse:

- Ter que responder aquela pergunta diante de telespectadores de todo o país, era Deus testando meu caráter e minha fé. Estou contente de ter sido fiel a mim mesma".

Parabéns, Carrie Prejean!

Mais sobre o caso:

Creative Minority Report
American Papist
Perez Hilton (conheçam a peça e o que ele fala de Carrie...)

2 comentários:

Mel disse...

A resposta da Miss California reforçou ainda mais o estereótipo de que "mulheres bonitas costumam ser burras". Eu no seu lugar responderia: "Eu acredito que o casamento deva acontecer entre duas pessoas que se amem". Mas, as religiões, inclusive a católica, pouco fala do amor. Nenhum cristão segue realmente Jesus, porque ele era a favor do sentimento verdadeiro e o amor é livre, não tem regras.

Como disse Nietzsche : "O único cristão morreu na cruz".

Porque só o que há são distorções para alienar mentes de pessoas sem sentido de identidade.


Ps.: apoiar o amor livre não significa homosexualismo.

Moisés de Oliveira disse...

Mel, quer dizer que a resposta que ela deu, de considerar que o casamento é algo que se faz entre um homem e uma mulher, é resposta de pessoa burra? É assim a intolerância dos tolerantes...

Acho que você está equivocada com relação a Jesus e amor livre (aliás, não ficou muito claro o que você quis dizer com "amor livre"). Você poderia citar alguma passagem bíblica comprovando o que você disse? Eu receio que não haja nenhuma.

"O que pode temer o filho nos braços do Pai?"

São Pio de Pietrelcina