Neste mês de Outubro, a Igreja quer nos chamar a atenção quanto a nossa missão. Deus nos chama, fala a nós e nos envia a testemunhar sua Palavra. Todo Cristão é um missionário (enviado).
A Liturgia da Palavra deste 27 º Domingo do Tempo Comum, vem nos questionar a respeito da vivência de nossa fé. Temos na Primeira Leitura a analogia da vinha com o povo de Israel. Como o homem que plantou sua vinha e esperava dela bons frutos, Deus esperava de seu povo bons frutos de justiça, bondade, fidelidade; mas o povo não viveu com autenticidade a Palavra de Deus e produziu frutos azedos de injustiça e maldade. O Senhor repreende seu povo, pois não é conivente com a injustiça e a maldade humana.
Na parábola da vinha, apresentada no Evangelho, temos um anúncio da Páscoa de Jesus. Jesus era visto pelo povo como um profeta e, a sorte dos profetas não era das melhores. Estes, com sua fala e postura coerentes, incomodavam tanto os interesses e falta de autenticidade de alguns que eram logo eliminados. É o que aconteceu, por exemplo, com João Batista, que teve sua cabeça cortada porque falou a verdade e incomodou os interesses dos poderosos. Jesus sabendo que o povo o via como profeta, tinha consciência de que com ele não seria diferente do que ocorreu com os outros profetas. Jesus é um sinal de contradição em relação aos sistemas que oprimem e não reconhecem a dignidade do ser humano. Ele é a pedra que foi rejeitada pelos construtores, pedra de tropeço para aqueles que oprimem, que discriminam, que não reconhecem no outro a imagem e semelhança de Deus e, conseqüentemente, não acolhem sua mensagem libertadora. Diante disso, podemos nos questionar sobre a nossa práxis. Como tenho acolhido e vivido o Evangelho? Tenho produzido bons frutos? Se não acolhermos o Evangelho, como na parábola, Deus o confiará a outros que estejam com o coração aberto e dispostos a vivê-lo.
Que sejamos praticantes da Palavra e não meros ouvintes!
Ir. Francisco
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