segunda-feira, 15 de setembro de 2008

História da Salvação - Moisés - 2ª Parte


Tendo Moisés levado os hebreus para fora do Egito, o faraó Ramnsés arrependeu-se de tê-los deixado partir e pôs-se a persegui-los. Diante do Mar Vermelho, Deus disse a Moisés que ordenasse às águas que se abrissem e, então, o povo pôde atravessar a pé enxuto. Quando os egípcios puseram-se a persegui-los, Deus fez as águas se precipitarem e os egípcios morreram afogados. Durante essa fuga, Deus ergueu uma imensa coluna de nuvem que separava os hebreus dos egípcios. Para os hebreus, era uma nuvem luminosa; para os perseguidores, era uma nuvem terrivelmente negra de onde brotavam relâmpagos e trovões.

Certo dia, Deus chamou Moisés ao Monte Horeb e, então, deu-lhe as tábuas dos Dez Mandamentos. Porém, enquanto Moisés estava no monte, o povo encheu-se de impaciência e, então, convenceu Aarão a construir um bezerro de ouro para que pudesse prestar-lhe culto como se fosse a Deus. Nestas palavras se expressou o povo de Deus: “Faze-nos um deus que marche à nossa frente, porque a esse Moisés, o homem que nos fez subir do país do Egito, não sabemos o que lhe aconteceu.” Aqui faz-se necessário uma pequena observação a respeito de um provérbio antigo, isto é, nem sempre a vontade do povo é a vontade de Deus.

Moisés, ao descer e ver a desobediência do povo, decepcionado e furioso, quebrou as tábuas da lei e destruiu o bezerro. O ato de adoração do bezerro foi um pecado gravíssimo que os hebreus cometeram contra Deus. Moisés, consciente dessa gravidade, suplicou ao Senhor que não os destruísse por causa do ato de pecado que cometeram. Deus teve misericórdia e continuou a conduzir os hebreus. Porém, a conseqüência desse pecado foi que o povo teve que permanecer quarenta anos no deserto antes de chegar à Terra Prometida.

Enquanto o povo caminhava pelo deserto, Moisés ia instruindo os hebreus conforme Deus lhe mostrava. Nesse tempo, foi construída a Arca da Aliança, a qual era levada pelo povo aonde este ia. Enquanto permaneceram no deserto, Deus mandava-lhes o maná, um tipo de pão que caía do céu. Mesmo assim, muitas vezes queriam voltar à escravidão no Egito, onde diziam que estavam melhor do que ali no meio do deserto.

Mesmo passando por imensas dificuldades, Moisés conseguiu conduzir os hebreus até à Terra Prometida, onde hoje é Israel. Contudo, Moisés não teve permissão de Deus para entrar nessa terra, por causa de uma vez ele ter duvidado quando o Senhor disse-lhe que tirasse água de uma rocha para dar ao povo. Na ocasião, ele havia batido na rocha duas vezes, o que demonstrou sua dúvida diante da palavra de Deus.

A história dos hebreus no deserto é uma narrativa de conquistas e de derrotas, de pecados e de perdão, de erros e de ensinamentos. Enfim, é Deus manifestando seu amor e carinho por seu povo, que muitas vezes tudo que faz é reclamar contra o Senhor. É uma história de fé e de esperança, com alegrias e tristezas, assim como é a vida. É ainda uma história de fidelidade, em que Deus é fiel ao povo e o povo luta para superar suas fraquezas e também ser fiel ao Senhor.

Moisés foi um grande líder, que soube ter compaixão de seu povo e nunca desistiu de guiá-lo, mesmo convivendo com suas fraquezas e seus erros constantes. Ele foi chamado por Deus a assumir uma missão, a qual aceitou e entregou sua vida à vontade do Senhor. Como todos nós, também teve seus momentos de alegria e dor, de satisfação e de decepção. Foi enérgico quando era preciso ser enérgico, mas também foi extremamente compassivo quando era preciso ser compassivo. Quis desistir de tudo, de sua missão e de seu povo, mas em seu coração soube compreender a fraqueza de seus irmãos e por eles suplicou a Deus. E, assim, não desistiu!

Moisés, contudo, não fez tudo sozinho. Desde o começo de sua missão, Aarão esteve ao seu lado. Nem o episódio do bezerro de ouro fez com que Moisés desistisse da confiança em Aarão, o qual tornou-se sacerdote e do qual todos os sacerdotes judeus seriam os sucessores.

Moisés teve uma vida longa, a qual durou cento e vinte anos, conforme narra a Sagrada Escritura. Na Bíblia, especialmente nos livros do Antigo Testamento, a longevidade sempre foi interpretada como sinal da graça de Deus e de seu amor para com a pessoa. Sua missão, também, foi iniciada quando ele já estava com a idade de quarenta anos, ou seja, Deus tem o momento certo para chamar cada pessoa.

Para conhecer melhor esta bela história, leia-a nos livros do Êxodo e dos Números.

Nilson Antônio da Silva

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