terça-feira, 11 de novembro de 2008

A Morada da Maldade


Existem muitas pessoas em cujos corações a maldade vai rondando e fazendo morada. Às vezes, nem percebem que seu coração encheu-se de trevas e de egoísmo, tornando-se terreno fecundo para o mal se desenvolver e gerar seus frutos imprestáveis. Então, começam a passar seus dias maquinando a destruição do seu próximo, manipulando acontecimentos e pessoas em busca de proveito próprio, usando artifícios de chantagem para obter de outros a satisfação de suas vontades e, enfim, buscando na mentira e em sua própria maldade a aniquilação e a desgraça de quem estiver em seu caminho.

Encontram sua satisfação quando conseguem ver seu próximo atirado na mais suja sarjeta, pois era esse o seu objetivo maior. Ficam satisfeitas em negar compreensão e perdão ao seu próximo, pois consideram que ninguém merece misericórdia. Ficam satisfeitas em condenar o seu próximo e alegram-se com a dor que aniquila quem estiver em sua frente. São pessoas cujo coração encheu-se do mais destilado egoísmo e da mais pura hipocrisia. Tornam-se mestras em negar o perdão e em induzir outros a também não perdoar. São pessoas que se apresentam com a ternura dos anjos de Deus e com a voz das crianças inocentes. Por isso, causam tanta destruição. Quem não confiaria em uma pessoa repleta da inocência e da pureza das crianças? Quem não estenderia a mão a alguém assim num momento de desespero? Porém, têm o coração cheio de podridão e a alma mergulhada na lama.

Mas, acima de tudo, é preciso lembrar que pessoas desse tipo nunca terão a bênção de Deus em seus caminhos. Como poderão alcançar a bênção se agem de acordo com o inimigo do Senhor? Por causa de suas maldades, fecham-se à graça de Deus e às suas bênçãos. Por causa de seus atos causadores de dor e sofrimento ao próximo, põem-se infinitamente distantes do Senhor. Com seus atos, impedem que a graça de Deus floresça em suas vidas e viram as costas à misericórdia divina. E de nada adianta jurar diante até mesmo do próprio papa que vai fazer o bem se continua a praticar a maldade contra o próximo!

Toda atitude ou omissão que prejudica o próximo brada a Deus por justiça e o Senhor escuta os gemidos de seus filhos, mesmo sabendo de suas fraquezas e limitações, quando estes buscam refúgio e proteção nele. Deus é misericordioso e justo e não quer que nenhum de seus filhos se perca. Por isso, sempre perdoa e compreende as fraquezas de quem confia em seu amor infinito. Mas, desta mesma forma, ele quer que também seus filhos sejam misericordiosos uns com os outros e perdoem-se mutuamente e, principalmente, busquem fazer a sua vontade acima de tudo e em tudo.

Deus é bom e ama o pecador, mas não ama o pecado. Deus é bom e abre os braços a quem busca sua proteção, mas não colabora com aqueles que praticam a maldade.

Nilson Antônio da Silva

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São Pio de Pietrelcina