Quando Salomão morreu, em 931 a.C., ocorreu um cisma em Israel culminando com a divisão do reino em dois novos reinos. As tribos de Judá e Benjamin, situadas no sul, deram origem ao Reino de Judá. Já as demais tribos, situadas ao norte, deram origem ao Reino de Israel.
Roboão, filho de Salomão, tornou-se o rei de Judá, tendo subido ao trono aos quarenta e um anos de idade, logo após a morte de seu pai. Depois de sua proclamação como sucessor de Salomão, ele foi a Siquém para obter o apoio e o reconhecimento das tribos do norte como rei de Israel. Porém, em Siquém os israelitas afirmaram que só o reconheceriam caso ele retirasse os pesados tributos que haviam sido impostos ao povo por seu pai.
Entretanto, mesmo tendo ouvido os conselhos dos anciãos, que relembram-lhe que a função da autoridade é servir ao povo, ele recusou-se a aceitar a reivindicação do povo e reduzir os tributos. Assim, ele preferir dar ouvidos aos jovens da corte, que o aconselharam a aumentar a opressão e a exploração para não perder a autoridade sobre o povo. Tendo seguido este último conselho, o rei perdeu o povo. Então, houve a divisão do reino. Jerusalém continuou sendo a capital, mas apenas do Reino de Judá, e Siquém passou a ser a capital do Reino de Israel. Posteriormente, Jeroboão faria de Penuel a sua capital. Mais tarde, a capital seria transferida para a cidade de Samaria.
Para controlar a rebelião das tribos do norte, Roboão quis enviar um grande exército para dominá-las. O profeta Semeías, entretanto, interveio e o aconselhou a não realizar essa expedição militar, afirmando-lhe que a divisão do reino foi um fato da vontade de Deus. E ele escutou as palavras do profeta.
No sexto ano de seu reinado, o faraó Sesac (Sheshonq I) invadiu as terrras de Israel e obrigou Roboão a pagar altos tributos ao Egito.
O reinado de Roboão durou dezessete anos e ele foi sucedido por seu filho Abias, também chamado de Abiam.
Enquanto Roboão reinou em Judá, Jeroboão reinou em Israel. Jeroboão era da tribo de Efraim. Ele havia servido ao rei Salomão durante algum tempo mas, após provocar uma revolta frustrada, teve que se exilar no Egito. Quando Salomão morreu, ele retornou a Israel e, após manobras políticas, acabou sendo proclamado rei pelas dez tribos do norte, que se sentiam subjugadas pelo governo de Jerusalém. No quinto ano de seu reinado, os exércitos de Sesac invadiram seu reino, obrigando-o a também pagar tributos ao Egito.
Um dos atos cometidos por Jeroboão que mais receberam a condenação feroz dos profetas foi a sua decisão de construir dois santuários, um em Dan e outro em Betel, nos quais ele colocou dois bezerros de ouro. Ele havia construído esses santuários para evitar que o povo fosse a Jerusalém para adorar a Deus no templo, pois ele pensava que isso tivesse como conseqüência a reunificação dos dois reinos. Por causa disso, ele proibiu o povo de ir a Jerusalém prestar culto a Deus. Finalmente, ele pôs sacerdotes nos templos que construíra que não pertenciam à tribo de Levi e, portanto, não poderiam ser sacerdotes. Dessa forma, o povo foi levado ao culto dos ídolos. Pela boca do profeta Aías, a palavra de Deus dirigida a Jeroboão foi clara: "Exterminarei a tua casa porque me rejeitaste". Faz-se necessário lembrar que também Roboão instituiu práticas idolátricas em Judá.
O reinado de Jeroboão durou vinte e dois anos e seu sucessor foi Nadab, seu filho.
Após a invasão de Sesac, os dois reinos entraram em franca decadência, e toda a glória dos tempos de Salomão foi perdida. Para completar, ambos foram marcados por guerras contínuas entre Roboão e Jeroboão.
A partir dessa época, começou uma longa e dolorosa história de sofrimentos para o povo, que via seus reis cometerem práticas idolátricas e pecarem contra a palavra de Deus. Como sempre, o povo sofria as conseqüências. Mas Deus, cheio de misericórdia, não deixou o povo desamparado. Foi nessa época que o Senhor enviou inúmeros profetas para consolar e aconselhar o povo e, principalmente, para criticar e condenar as atitudes erradas dos reis. Eles pregavam a penitência, anunciavam castigos caso o povo não se convertesse e prediziam muitos passos da vida do futuro Salvador, o Messias. Para confirmar suas palavras, Deus concedia-lhes o dom de realizarem muitos milagres.
O rei deve ser fiel a Deus, conforme está escrito no versículo 3 do segundo capítulo de Reis: “Guarda os preceitos do Senhor, teu Deus; anda em seus caminhos, observa suas leis, seus mandamentos, seus preceitos e seus ensinamentos, tais como estão escritos na lei de Moisés. Desse modo serás bem-sucedido em tudo o que fizeres e em tudo o que empreenderes” Somente assim ele é capaz de governar com sabedoria e com justiça, isto é, realmente servirá o povo, o qual pertence a Deus. Entretanto, aconteceu exatamente o contrário, pois os reis foram sempre infiéis. Eles fizeram tudo “o que Javé reprova”, ou seja, praticaram a idolatria, entregaram a nação aos estrangeiros, perseguiram os profetas e, finalmente, oprimiram e exploraram o povo. A conseqüência imediata de tudo isso foi uma só: Israel e Judá são levados à completa ruína.
A respeito das datas que marcam os acontecimentos da história de Israel e Judá, é necessário esclarecer que não existe consenso entre os historiadores. Na antiguidade os calendários eram diferentes do nosso calendário e, portanto, as datas não correspondem umas às outras e nem o tempo marcado em anos ou meses corresponde exatamente ao período de tempo que marcamos no atual calendário gregoriano. É muito difícil estabelecer uma data a partir da qual possa ser feita toda a cronologia dos fatos históricos. De qualquer maneira, hoje em dia a maior parte dos historiadores segue as cronologias de William F. Albright, Edwin R. Thiele ou de Gershon Galil para datar a história do Reino de Israel e do Reino de Judá.
Nilson Antônio da Silva
Roboão, filho de Salomão, tornou-se o rei de Judá, tendo subido ao trono aos quarenta e um anos de idade, logo após a morte de seu pai. Depois de sua proclamação como sucessor de Salomão, ele foi a Siquém para obter o apoio e o reconhecimento das tribos do norte como rei de Israel. Porém, em Siquém os israelitas afirmaram que só o reconheceriam caso ele retirasse os pesados tributos que haviam sido impostos ao povo por seu pai.
Entretanto, mesmo tendo ouvido os conselhos dos anciãos, que relembram-lhe que a função da autoridade é servir ao povo, ele recusou-se a aceitar a reivindicação do povo e reduzir os tributos. Assim, ele preferir dar ouvidos aos jovens da corte, que o aconselharam a aumentar a opressão e a exploração para não perder a autoridade sobre o povo. Tendo seguido este último conselho, o rei perdeu o povo. Então, houve a divisão do reino. Jerusalém continuou sendo a capital, mas apenas do Reino de Judá, e Siquém passou a ser a capital do Reino de Israel. Posteriormente, Jeroboão faria de Penuel a sua capital. Mais tarde, a capital seria transferida para a cidade de Samaria.
Para controlar a rebelião das tribos do norte, Roboão quis enviar um grande exército para dominá-las. O profeta Semeías, entretanto, interveio e o aconselhou a não realizar essa expedição militar, afirmando-lhe que a divisão do reino foi um fato da vontade de Deus. E ele escutou as palavras do profeta.
No sexto ano de seu reinado, o faraó Sesac (Sheshonq I) invadiu as terrras de Israel e obrigou Roboão a pagar altos tributos ao Egito.
O reinado de Roboão durou dezessete anos e ele foi sucedido por seu filho Abias, também chamado de Abiam.
Enquanto Roboão reinou em Judá, Jeroboão reinou em Israel. Jeroboão era da tribo de Efraim. Ele havia servido ao rei Salomão durante algum tempo mas, após provocar uma revolta frustrada, teve que se exilar no Egito. Quando Salomão morreu, ele retornou a Israel e, após manobras políticas, acabou sendo proclamado rei pelas dez tribos do norte, que se sentiam subjugadas pelo governo de Jerusalém. No quinto ano de seu reinado, os exércitos de Sesac invadiram seu reino, obrigando-o a também pagar tributos ao Egito.
Um dos atos cometidos por Jeroboão que mais receberam a condenação feroz dos profetas foi a sua decisão de construir dois santuários, um em Dan e outro em Betel, nos quais ele colocou dois bezerros de ouro. Ele havia construído esses santuários para evitar que o povo fosse a Jerusalém para adorar a Deus no templo, pois ele pensava que isso tivesse como conseqüência a reunificação dos dois reinos. Por causa disso, ele proibiu o povo de ir a Jerusalém prestar culto a Deus. Finalmente, ele pôs sacerdotes nos templos que construíra que não pertenciam à tribo de Levi e, portanto, não poderiam ser sacerdotes. Dessa forma, o povo foi levado ao culto dos ídolos. Pela boca do profeta Aías, a palavra de Deus dirigida a Jeroboão foi clara: "Exterminarei a tua casa porque me rejeitaste". Faz-se necessário lembrar que também Roboão instituiu práticas idolátricas em Judá.
O reinado de Jeroboão durou vinte e dois anos e seu sucessor foi Nadab, seu filho.
Após a invasão de Sesac, os dois reinos entraram em franca decadência, e toda a glória dos tempos de Salomão foi perdida. Para completar, ambos foram marcados por guerras contínuas entre Roboão e Jeroboão.
A partir dessa época, começou uma longa e dolorosa história de sofrimentos para o povo, que via seus reis cometerem práticas idolátricas e pecarem contra a palavra de Deus. Como sempre, o povo sofria as conseqüências. Mas Deus, cheio de misericórdia, não deixou o povo desamparado. Foi nessa época que o Senhor enviou inúmeros profetas para consolar e aconselhar o povo e, principalmente, para criticar e condenar as atitudes erradas dos reis. Eles pregavam a penitência, anunciavam castigos caso o povo não se convertesse e prediziam muitos passos da vida do futuro Salvador, o Messias. Para confirmar suas palavras, Deus concedia-lhes o dom de realizarem muitos milagres.
O rei deve ser fiel a Deus, conforme está escrito no versículo 3 do segundo capítulo de Reis: “Guarda os preceitos do Senhor, teu Deus; anda em seus caminhos, observa suas leis, seus mandamentos, seus preceitos e seus ensinamentos, tais como estão escritos na lei de Moisés. Desse modo serás bem-sucedido em tudo o que fizeres e em tudo o que empreenderes” Somente assim ele é capaz de governar com sabedoria e com justiça, isto é, realmente servirá o povo, o qual pertence a Deus. Entretanto, aconteceu exatamente o contrário, pois os reis foram sempre infiéis. Eles fizeram tudo “o que Javé reprova”, ou seja, praticaram a idolatria, entregaram a nação aos estrangeiros, perseguiram os profetas e, finalmente, oprimiram e exploraram o povo. A conseqüência imediata de tudo isso foi uma só: Israel e Judá são levados à completa ruína.
A respeito das datas que marcam os acontecimentos da história de Israel e Judá, é necessário esclarecer que não existe consenso entre os historiadores. Na antiguidade os calendários eram diferentes do nosso calendário e, portanto, as datas não correspondem umas às outras e nem o tempo marcado em anos ou meses corresponde exatamente ao período de tempo que marcamos no atual calendário gregoriano. É muito difícil estabelecer uma data a partir da qual possa ser feita toda a cronologia dos fatos históricos. De qualquer maneira, hoje em dia a maior parte dos historiadores segue as cronologias de William F. Albright, Edwin R. Thiele ou de Gershon Galil para datar a história do Reino de Israel e do Reino de Judá.
Nilson Antônio da Silva
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