sábado, 30 de agosto de 2008

Os católicos precisam defender seus pontos de vista com firmeza

A mídia anticatólica insiste num grande embuste que, muitas vezes, acabamos por permitir. Trata-se daquilo que chamam de “Estado laico”. Com essa expressão eles pretendem calar os católicos e bani-los da vida pública e não é raro permitirmos que isso aconteça.

O princípio do “Estado laico”, inventado pelos iluministas e adotado pela nossa Constituição, é, sim, algo positivo. Significa que ninguém é obrigado a seguir uma religião. Isso é justo: não existe conversão verdadeira se ela se faz à força. Cada ser humano deve ter a liberdade de seguir a religião que quiser, dentro de certos limites (ninguém poderia seguir uma religião que pregasse sacrifícios humanos, por exemplo). É totalmente justo. E isso é amplamente garantido no Brasil.

Mas os anticatólicos não se contentam com isso: o que eles querem não é um estado laico, mas uma sociedade laica, ou melhor, atéia. Querem uma sociedade em que ninguém tenha religião. E deliberadamente, eles confudem os dois conceitos (o de estado laico e o de sociedade laica) para nos enganar.

Quando os católicos reclamam da foto de uma atriz nua segurando um terço, eles apelam para o Estado laico. Quando os católicos opinam sobre aborto, união homossexual, etc, eles apelam para o Estado laico. Uma coisa não tem nada a ver com a outra: um Estado laico, ao mesmo tempo em que não apóia nenhuma religião, deve garantir liberdade de expressão a todas, inclusive à religião Católica.

Esse apelo pelo "Estado laico" tem um único objetivo: calar os católicos, nos constranger, nos fazer parecer “inimigos da democracia”.

Não podemos permitir que isso ocorra.

Certa vez, ouvi uma pessoa dizer que se sentia ofendida ao ver adesivos como “Deus é fiel” nos carros. Para essa pessoa, a fé deveria ser uma coisa exclusivamente privada, sem qualquer expressão pública.

Temos que reagir contra essas coisas!

Dentro da lei, os católicos têm todo o direito de dizer o que quiserem. Se um abortista tem o direito de defender o assassinato de crianças, um católico tem o direito de argumentar contra.

Temos que assumir nosso lugar na arena pública. Temos que protestar, sim. Os ativistas do casamento gay e do aborto, por exemplo, são extremamente organizados. Têm listas de e-mail, grupos de pressão no Parlamento e no Supremo. Ao se sentirem ofendidos, enviam cartas públicas aos supostos ofensores exigindo retratação. São capazes de organizar boicotes eficientes.

E nós, na maioria das vezes, nos calamos e nos recolhemos quando nos insultam.Se isso continuar assim, não demorará muito e surgirão pressões procurando colocar na lei esa nova idéia da "sociedade laica": vão querer proibir as expressão públicas de religiosidade. Esse movimento, por exemplo, já começou na Europa.

Precisamos nos organizar e protestar. Temos que defender nossos pontos de vista com civilidade, mas com firmeza. E precisamos defendê-los sem negar que, embora não sejam sustentados apenas na fé, são originários dela. Ora, na nossa luta contra o aborto, sabemos que o direito à vida é um direito humano geral, uma noção que foi sendo construída ao longo dos séculos e hoje não tem relação com nenhuma religião (ou seja, é um conceito “laico”). Mas quem transformou o valor da vida num valor fundamental para a humanidade foi o Cristianismo. Essa é uma herança nossa. Precisamos defender isso sem medo.

Precisamos parar de votar em candidatos anticatólicos, em candidatos que apóiam causas que se opõem ao Catolicismo, como o aborto, o uso de embriões em pesquisas, o casamento homossexual.

Que Deus nos ajude nessa batalha que enfrentamos. E tenhamos em mente que, ao fim, a vitória será nossa. Afinal, a garantia foi dada pelo próprio Cristo: as forças do inferno não poderão vencer a Igreja.

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